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Jô reclama de jogo às 11h e sugere uso de vídeo aos árbitros no Brasil

Após ter gol mal anulado no confronto com o Coritiba, atacante do Timão lembra uso do vídeo na Copa das Confederações e questiona: 'Se tem a possibilidade, por que não usar?'

Guilherme Amaro
Escrito por

Jô afirmou que não queria arrumar desculpas pelo empate sem gols do Corinthians e Coritiba, mas fez duas reclamações sobre o jogo do último domingo, no Couto Pereira, pela oitava rodada do Brasileirão. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, o atacante do Timão criticou jogo às 11h e sugeriu uso de vídeo pelos árbitros.

- Eu não gosto de colocar desculpas, tentando explicar um jogo que não foi dos melhores, mas eu particularmente não achei bom o horário do jogo. Acordei cedo e não me alimentei direito. Isso deixa o jogador mais cansado, a concentração cai e consequentemente a qualidade também. Como eu falei antes, não pode servir como desculpa. Estamos nos destacando e os adversários vêm mais forte. Foi um dos jogos que mais apanhei até, os zagueiros foram bem duros. Não conseguimos criar alternativas, fizemos um jogo bem abaixo - afirmou Jô, antes de falar sobre as diferenças entre treinos e jogos de manhã.

- Em treino você tem pausas, dependendo do treino é mais leve, você pode errar. No jogo são 90 minutos, valendo três pontos, com um adversário... É bem diferente. Eu não consegui dormir, acho que acordei às 7h30, e costumo dormir 0h, 0h30. A alimentação é diferente. Antes do treino você poder comer um café, com pão na chapa e bolo, por exemplo. Comer macarrão às 8h é muito difícil. Não sou eu que vou mudar isso, mas acho que as pessoas tinham de analisar melhor esse horário. Fica um jogo meio morno, prejudica o espetáculo - completou.

O atacante também falou sobre seu gol mal anulado contra o Coritiba. Aos 42 minutos do segundo tempo, ele tabelou com Maycon e marcou, mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique anotou impedimento erradamente por influência de seu assistente. Nesta segunda, Jô lembrou sobre o usa de vídeo testado na Copa das Confederações e sugeriu que o método fosse adotado em outras competições.

- Os árbitros são seres humanos que erram, assim como nós, jogadores, também erramos. Mas se hoje tem a possibilidade de usar vídeo, por que não usa? Poderiam não escolher jogos e lances. Acho que todo time poderia ter o direito de usar. Se tem isso, que melhora, por que não usar? Isso diminuiria a margem de erro. É uma sugestão para melhorar nosso futebol - questionou Jô.

Antes de conceder coletiva nesta segunda, o atacante recebeu uma placa por conta dos 150 jogos pelo Corinthians. Confira abaixo os principais assuntos abordados por Jô durante a entrevista.

Como analisa seu momento?
"Queria agradecer a Deus por esse momento, por completar 150 jogos com essa camisa. Visto desde os meus sete anos, quando entrei aqui, foi o clube que abriu as portas para mim, sempre tive o carinho desde que saí em 2005 até agora. Toda vez que visto me sinto feliz e tento dar meu máximo para ajudar. É um dos melhores momentos da minha carreira, maravilhoso, as coisas estão dando certo, e a equipe também vive um bom momento. Mostramos regularidade desde o começo do ano. Em um período começamos a mostrar maturidade e eficiência. O campeonato está apenas começando e estamos dispostos a lutar até o final pelo título ou vaga na Libertadores."

Vai secar o Grêmio contra o Cruzeiro nesta noite?
"Fiz isso em 2012, quando jogava pelo Atlético-MG, e o Fluminense foi campeão. Temos que fazer nossa parte. Assistir eu vou, porque gosto de ver e sendo um dos líderes do elenco é bom analisar para passar algumas coisas nos jogos, apesar de ter o Cifut (Centro de Inteligência do clube) aqui. Mas é sempre bom assistir aos jogos e analisar."

Como os jogadores receberam a notícia da briga entre torcedores antes da partida?
"Ficamos tristes. Torcedor tem de ir para o estádio se divertir, não para criar confusão. Eu joguei fora do país e sei o quanto eles se preocupam com isso, com a paz e organização dos jogos. Pedimos para os torcedores irem aos jogos para curtir o espetáculo. Ficamos triste em receber essa notícia antes do jogo, são seres humanos, e em estádio de futebol não pode mais haver essas brigas."

Como analisa o nível do Brasileirão?
"É um dos campeonatos mais difíceis no mundo. Tem muitos favoritos, não tem tempo de relaxar na ponta da tabela. São sempre dois ou três na caça, buscando a liderança, e temos de encarar todo jogo como uma final. Não pode pensar lá na frente, tem de ir devagarzinho, com humildade, do jeito que estamos fazendo. O campeonato já está bem disputado e acredito que vai ficar assim até o final."

Você atuou em quase todos os jogos na temporada. Acha que precisará ser poupado?
"Sou menino, tenho 30 anos, não quero parar para descansar, não. Quero estar sempre jogando. O clube está monitorando tudo, mas fisicamente, estou bem, aguento mais jogos. Tenho corrido bem, me esforçado, mas não é surpresa. Sei da minha capacidade, já joguei bem mais jogos no Galo, tive sequências maiores. Estou muito bem com minha parte física."