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Corinthians muda todo jogo, mas segue sem repertório e não evolui

Tiago Nunes tem feito mudanças no time a cada partida, no entanto esquema fica cada vez mais previsível. Diante do São Paulo equipe foi inofensiva e esteve "encaixotada" nas saídas

Ramiro foi a novidade de Tiago Nunes para o clássico deste domingo (Foto: Renato Gizzi/Photo Premium)
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As falhas individuais de Cássio e Sidcley foram decisivas para a derrota do Corinthians neste domingo para o rival, mas não explicam todo o contexto que levou a esse resultado negativo. O time de Tiago Nunes, apesar de estar sendo mexido a cada jogo, se torna cada vez mais previsível e sem mostrar evolução. Diante do São Paulo, falta de repertório e estagnação do trabalho foram claras.

Em um clássico bastante prejudicado pelo calor no Morumbi, o Timão jamais mereceu ficar à frente no placar. Ainda que no segundo tempo tenha se lançado um pouco mais em jogadas ofensivas, o rival teve o domínio da partida nos mais de 90 minutos. O gol "achado" por Ramiro, após um raro lampejo de qualidade de Cantillo neste segundo semestre, foi uma anomalia no jogo.


O camisa 8, aliás, foi a "novidade" de Tiago Nunes para o Majestoso, substituindo uma outra novidade que entrou em campo diante do Fortaleza: Ruan Oliveira, jovem da base, que recebeu chance de forma inexplicável. Não pela sua qualidade, mas pela falta de respeito à hierarquia que o próprio técnico citou para não promover a estreia de Otero, na última rodada. 

Sendo assim, a mudança passando pela entrada de Ramiro pouco alterou no jogo de um time que já tinha ido muito mal no compromisso anterior. Foi muito simples para o Tricolor saber o que fazer diante do inofensivo rival. Era só pressionar a saída de bola, que não consegue dar sequência a algo mais do que troca de passes de lado, e esperar a posse de bola retornar para si.

E essa bola não sai da defesa, pois há uma transição muito lenta no meio-campo e quando ela chega (se chega) já não tem a mesma eficiência que teria pegando a defesa adversária ainda buscando a compactação. Sem essa quebra, que o time neste momento não consegue fazer, o jogo corintiano fica encaixotado, como já vem acontecendo há algum tempo nesta temporada.

A limitação do elenco é sabida por todos, mas não a ponto de apresentar tão pouca evolução. Uma espinha dorsal com Cássio, Fagner, Gil, Cantillo, Luan e Jô não pode ser relegada ao espectro do "time ruim", essa desculpa não pode caber. Há equipes de Série A que não têm essa qualidade e apresentam desempenho e, principalmente, resultados melhores do que o Alvinegro.

O momento faz parecer que há uma estagnação do trabalho do jeito que ele está sendo executado. As mudança nas peças não têm trazido o efeito esperado, pelo contrário, parece que cada vez a equipe fica mais previsível e mais sem repertório. A verdade é que nesta etapa da temporada, nesta fase do Brasileirão, Tiago Nunes ainda não achou uma formação para o Corinthians.

A parte de baixo da tabela é, hoje, a região que mais se aplica ao que o Timão tem apresentado, não só nos resultados (apenas cinco pontos em 15 possíveis no Brasileirão), mas principalmente no desempenho, que não indicam melhora a curto prazo. E o pior é que as falhas individuais, excepcionalmente de Cássio, neste domingo, mas recorrente de Sidcley, nas últimas três partidas, colocam em xeque o sistema defensivo, que antes pelo menos se mostrava sólido.