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Corinthians melhora, mas continua com dois tempos muito distintos

Timão teve boa partida no primeiro tempo, e mostrou organização na defesa e no ataque. Segunda etapa teve queda enorme no ritmo, mas conseguiu "achar" a vitória com Everaldo

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A vitória do Corinthians por 2 a 1 sobre o Vasco não veio acompanhada de uma atuação convincente, porém foi suficiente para a conquista de três pontos importantes para o time no Brasileirão-2020. A amostra trazida nesses três jogos com Vagner Mancini é de uma equipe que vai tomando forma, com certa organização, mas que ainda peca pela queda de ritmo no segundo tempo.

Essa disparidade entre os dois tempos já é algo percebido tanto com Tiago Nunes, quanto com Dyego Coelho, e permanece como herança para Mancini. A questão parece muito mais física do que técnica e tática, já que dá a impressão de que o time fica esgotado na etapa final e acaba afrouxando na marcação, errando transições bobas e sem conseguir ter força para chegar ao ataque.

Com gols marcados no fim nas duas vitórias com o novo treinador, até parece absurdo citar a queda de rendimento no segundo tempo, mas na última quarta-feira, isso quase custou um resultado que parecia bem encaminhado no primeiro tempo. Quando o Vasco chegou ao gol de empate, com Ribamar, os cariocas já estavam melhores no duelo e já poderiam ter chegado ao gol.

E não chegaram pelo fato de o Timão ter mostrado uma organização defensiva superior ao que vinha apresentando. Como a equipe era demasiadamente desorganizada, não precisaria muito para ser melhor, mas o mínimo já é suficiente para garantir que Cássio não seja facilmente vazado, como foi contra o Flamengo, e como vem sendo desde o início da temporada 2020.

Quando o time parecia entregue e somando somente um ponto, houve um resto de gás aliado à estrela de Everaldo para chegar ao segundo gol, que foi um "achado", já que o atacante tentou cruzar, a bola desviou em Henrique e encobriu Fernando Miguel. Gol sem querer, mas que vale o mesmo que aqueles por querer. Tentos assim são essenciais nesses momentos de crise.

​Como disse o próprio Everaldo, foi um gol com a "marca do Corinthians", com luta e sem desistir. Algo que Vagner Mancini falou em suas entrevistas coletivas desde que chegou ao clube. Resgatar esse espírito corintiano é uma missão do treinador, que também já entendeu que o momento exige que ele faça o "arroz com feijão", sem inventar, sem fazer mais do que o limitado elenco permite.

A opção por atuar sem um centroavante de referência também foi um acerto. Com jogadores de mais movimentação, que podem entregar tanto no setor ofensivo, quanto na recomposição, além de executarem a "primeira marcação" no campo de ataque, a equipe fica mais compacta e o setor de defesa fica muito menos exposto. A estratégia pode não ser brilhante, nem resulta em futebol bonito, mas indica um caminho do que o Corinthians precisa agora.

Se Mancini conseguir que o time mantenha essa melhora na organização e na compactação, principalmente na defesa, restará apenas que a parte física seja corrigida, já que pelos desafios que serão encarados daqui para a frente, não dará para jogar apenas o primeiro tempo e "achar" um gol no segundo. Caso isso se encaixe, a tendência é que o clube saia em breve da briga contra o Z4.

Everaldo marcou o gol da vitória (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)