Bando de Loucos

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Em meio à polêmica na base, Timão tem goleador sem vínculo profissional

Caio Emerson, de 17 anos, tem seis gols marcados pelo Corinthians na Copa do Brasil sub-17. Vínculo com o clube, entretanto, não é profissional, e vale apenas até fevereiro de 2017

Atacante havia feito  seis gols no Paulistão sub-17 do ano passado, quando o Timão caiu na semi (Foto: Reprodução)
Escrito por

Caio Emerson Pereira Marques da Silva voltou a Sete Lagoas (MG), cidade onde nasceu há 17 anos, e marcou três vezes na vitória do Corinthians diante do Cruzeiro por 5 a 3, no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil sub-17. Com o "hat trick" no compromisso decisivo, o camisa 7 do time juvenil do Timão chegou a seis marcados e à vice-artilharia da competição. Badalado pelo bom desempenho no torneio mais importante de sua categoria, Caio Emerson é tratado como alta aposta no Corinthians, assim como Fabricio Oya, seu companheiro de time. A questão é que, enquanto Oya já tem vínculo profissional com o Timão até setembro de 2018, o goleador ainda não assinou o primeiro contrato formal com o clube do Parque São Jorge.

Aos 17 anos, o garoto está no Corinthians desde 2013, mas seu único vínculo com a equipe é de formação, com validade até 26 de fevereiro do ano que vem. Dos titulares na semifinal da Copa do Brasil sub-17, o garoto é um dos únicos quatro que ainda não possui contrato profissional segundo registros da Federação Paulista de Futebol (FPF).

A ocorrência de ter um jogador badalado sem contrato profissional ocorre justamente em um momento de evidência das categorias inferiores do Corinthians. Nas últimas semanas, a base foi pivô de um importante racha político no clube e ainda tem sido alvo de constantes debates a respeito das situações de profissionais. O empresário norte-americano Helmut Niki alega ter pago 110 mil dólares (cerca de R$ 390 mil) por 20% dos direitos econômicos de um jogador da base do Corinthians que nunca recebeu e também uma carta de procuração sem validade. 

Niki conduziu a negociação para comprar 20% dos direitos do garoto Alyson Motta, de 16 anos, com Fábio Barrozo, ex-gerente das categorias de base do clube, que deixou o cargo no último mês, e o conselheiro Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne, conselheiro vitalício e ex-assessor da presidência durante a gestão de Andrés Sanchez (entre 2007 e 2011). O empresário procurou o Corinthians alegando ter sido passado para trás pela dupla, que teria ficado com o seu dinheiro. O imbróglio faz com que Alyson não tenha contrato profissional com o clube até hoje.

O Corinthians abriu sindicância interna para apurar as denúncias, e até José Onofre de Souza Almeida, que ocupa a chefia do departamento de base desde a posse de Roberto de Andrade, em 2015, corre risco de perder o cargo. Enquanto nada se resolve, o clube segue enfrentando os desafios diários da montagem de suas categorias de base, com contratos, resultados e em meio à construção de seu novo centro de treinamento para as divisões inferiores.

No sub-17, o Corinthians está fazendo bonito. Tirou Luverdense, Coritiba e Chapecoense antes de chegar às semifinais da Copa do Brasil da categoria. Na abertura da fase, contra o Cruzeiro, a goleada por 5 a 3 fora de casa abriu o caminho para a classificação, que será decidida em Limeira na próxima quarta-feira. O Timãozinho tem 16 gols marcados e nove sofridos até o momento. Dos 16 gols, seis são de Caio Emerson.