O Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) convocou uma reunião extraordinária para esta segunda-feira (29), no Parque São Jorge, que terá entre os temas a apreciação da revisão orçamentária do clube. A intenção dos membros é aprovar o texto o quanto antes para que ele siga à votação no Conselho Deliberativo.
O plano orçamentário do Corinthians para 2025, elaborado ainda pela gestão de Augusto Melo, previa superávit de R$ 2,349 milhões. Entretanto, em setembro, o clube alvinegro divulgou um balanço com déficit de R$ 60,227 milhões no primeiro semestre de 2025, com salto de quase 30% nas despesas em relação ao previsto no orçamento.
Membros do CORI, órgão responsável por fiscalizar as ações do clube, avaliam que o plano elaborado por Augusto Melo dificilmente será cumprido e consideram necessária uma revisão mais realista, que leve em conta o déficit para o restante do ano, agora sob o comando de Osmar Stabile, que assumiu após o impeachment de seu antecessor, em maio.
Interlocutores ouvidos pelo Lance! avaliam que a revisão orçamentária de 2025 é uma medida urgente, a ponto de ter prioridade sobre outras pautas do CORI. A justificativa é que o plano elaborado por Pedro Silveira, então diretor financeiro na gestão de Augusto Melo, não passou por revisões nem contou com contribuições de outros setores do clube, o que, na visão desses membros, tornava seu cumprimento praticamente inviável.
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Gastos do clube
No primeiro semestre, ainda sob a gestão de Augusto Melo, o Corinthians registrou despesas líquidas de R$ 424,9 milhões, valor 29% acima dos R$ 329,3 milhões previstos no orçamento. O principal aumento ocorreu nos gastos com pessoal, que alcançaram R$ 298,6 milhões, cerca de 36% a mais do que os R$ 219,2 milhões projetados.
Durante a gestão Augusto Melo, a dívida do Corinthians teve um salto de R$ 1,9 bilhão, no começo de 2024, para aproximadamente R$ 2,6 bilhões, no fim do primeiro semestre de 2026.