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Ulisses Lopresti
São Paulo (SP)
Dia 16/05/2025
17:16
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O Conselho Deliberativo do Corinthians irá se reunir para votar o impeachment de Augusto Melo no dia 26 de maio, no Parque São Jorge. O pleito ocorre em meio a uma crise financeira no clube, que teve suas contas de 2024 reprovadas, e ao avanço das investigações das autoridades no caso Vai de Bet, que detectaram parte do valor da comissão paga pelo Timão ao intermediador em uma conta ligada ao PCC.

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Nesta sexta-feira (16), o presidente concedeu entrevista coletiva na Neo Química Arena e falou sobre o caso. Ao lado de seu advogado, Ricardo Cury, Augusto Melo se disse surpreso com os dados revelados no relatório inicial das investigações, negou responsabilidade e que apenas participou dos trâmites normais no contrato com um patrocinador.

— Não sei dizer, não conheço essa situação. Para mim, foi uma surpresa enorme. Segui meu trâmite. Sou o primeiro a fazer uma proposta e o último a assinar. Minha área é administrativa e comercial. Quando chega em mim a assinatura é porque o contrato vou aceito por todos os departamentos competentes. Fui o primeiro a falar: "Vai explodir? Que exploda! Se tem algo errado, procurem a Justiça — falou o presidente Augusto Melo.

Augusto Melo concedeu entrevista na Neo Química Arena (Foto: Ulisses Lopresti/Lance!)

Relação com o crime organizado

A Vai de Bet patrocinou o Corinthians entre janeiro e junho do ano passado. O clube pagou R$ 1,4 milhão em comissão de intermediação à empresa Rede Social Media Design Ltda, de propriedade de Alex Cassundé.

Investigações da polícia identificaram repasses dessa empresa para a UJ Football Talent Intermediações Tecnológicas, citada por Antônio Vinicius Gritzbach ,empresário conhecido como delator do PCC ,em apurações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) sobre o crime organizado. Gritzbach foi assassinado em novembro do último ano, na área de embarque do aeroporto de Guarulhos.

Augusto Melo negou que tenha envolvimento com o caso e eximiu o Corinthians de culpa nas consequências de como o dinheiro é usado após o pagamento dos intermediários. O presidente negou que possa renunciar ao cargo.

— Jamais. Não tenho nada a ver com isso. São sempre as mesmas negociações. Tudo o que eu faço, tem o jurídico e o compliance que me dão o suporte. Jamais vou renunciar, primeiro porque não tenho nada a ver com isso. Estou aqui em prol do Corinthians, não preciso do Corinthians. Outro dia, teve um atleta com dois empresários, dois intermediários. Hoje é assim, é normal. Nunca sentei com ninguém, nunca discuto nada sozinho — disse o dirigente.

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