Andrés Sanchez pediu afastamento do Conselho Deliberativo do Corinthians, onde possui cargo vitalício, e do CORI (Conselho de Orientação), após ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por apropriação indébita, lavagem de dinheiro e crime tributário.

O ex-presidente do Corinthians é investigado por uso irregular do cartão corporativo do clube enquanto era dirigente. O MP-SP alega que Andrés Sanchez gastou cerca de R$ 480 mil com o mecanismo do clube em causa própria, que inclui artigos de luxo e viagens.

Na tarde desta quarta-feira (15), Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, acatou o pedido de afastamento de Andrés Sanchez. O ex-presidente, que comandou o clube em dois mandatos, o último deles de 2018 a 2020, se dedicará a defesa.

Roberto Gavioli, também indiciado pelo MP-SP, foi afastado do cargo de superintendente financeiro do Corinthians para se defender. No caso do dirigente, a acusação aponta negligência na conferência e controle dos gastos com os cartões corporativos durante a gestão de Andrés Sanchez.

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Andrés pediu afastamento no Timão (Foto: Reprodução/Corinthians TV)

Gastos incomuns

Entre os gastos considerados incomuns pela investigação, estão compras no iTunes, abastecimentos em postos de combustível, duas aquisições na joalheria HStern, cujas notas fiscais foram emitidas em nome de Andrés Sanchez, embora o pagamento tenha sido feito com cartão corporativo do Corinthians, além de roupas na Brooksfield e atendimentos hospitalares sem identificação do paciente.

Relembre o caso

A investigação do MP-SP, iniciada em agosto, apura possíveis irregularidades nas gestões do Corinthians desde 2018. São investigados os ex-presidentes Andrés Sanchez (2018–2020), Duilio Monteiro Alves (2021–2023) e Augusto Melo (2024–2025).

Os três são investigados por irregularidades no uso do cartão corporativo do Corinthians. Em julho, o ex-dirigente, que presidiu o Corinthians entre 2007 e 2011 e posteriormente entre 2018 e 2020, admitiu ter usado indevidamente o cartão de crédito do clube em uma viagem de Réveillon ao Rio Grande do Norte, em seu último ano de mandato, e chegou a devolver R$ 15 mil aos cofres alvinegros. Entretanto, o MP identificou outros gastos, como em uma joalheria e em um restaurante localizado em Fernando de Noronha, provavelmente em uma viagem do ex-presidente.

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