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ANÁLISE: Corinthians perde a cabeça e dois valiosos pontos contra o Athletico-PR

Instabilidade emocional e erros individuais foram determinantes para o Timão sair da Arena da Baixada sem a vitória

Mantuan começou a partida como lateral-direito (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
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Assim como o aspecto tático, técnico e físico, o psicológico é determinante no futebol. No empate por 1 a 1 com o Athletico-PR, pelo Brasileirão, o Corinthians novamente foi refém do descontrole emocional dos seus jogadores e saiu da Arena da Baixada com um ponto ao invés de três.

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Não é a primeira vez na temporada que o Timão peca no aspecto mental. No empate com o Boca Juniors na Bombonera, o clube alvinegro sofreu após as expulsões de Cantillo e Vítor Pereira, e esse destemperamento vem se tornando um padrão na equipe do lusitano.

Repleto de desfalques, o treinador português novamente montou a equipe em um 4-3-3, porém, com Mantuan na lateral-direita e Cantillo formando a dupla de volantes com Du Queiroz.

Rafael Ramos, que fez boa partida contra o Juventude, e Renato Augusto, começaram no banco de reservas. Adson, Róger Guedes e Willian formaram o trio de ataque.

O Athletico começou a partida com tudo, tendo duas chances de gol nos minutos iniciais, além de quatro escanteios. A equipe paulista suportou a blitz inicial e com cinco minutos, Róger Guedes anotou um golaço de falta.

O Timão fez um primeiro tempo com a cara de Vítor Pereira. A equipe foi objetiva com poucas finalizações (quatro no primeiro tempo, segundo o Footstats), controlou a posse de bola e neutralizou a pressão do Furacão.

Cantillo e Du Queiroz facilitavam a circulação de bola, enquanto Willian e Róger Guedes, sem guardar posição no ataque, se movimentavam e causavam confusão na zaga paranaense.

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No segundo tempo, Vítor Pereira tentou corrigir a fragilidade defensiva no lado direito ao colocar Rafael Ramos no lugar de Mantuan. Com cinco minutos em campo, o português fez falta dura em Cuello e levou o primeiro cartão corintiano.

Os contra-ataques do Corinthians não encaixavam e a equipe havia perdido a marcação no meio-campo. O treinador viu que o time corria risco de levar o empate e decidiu colocar Roni e Renato Augusto.

Do ponto de vista tático e técnico, as alterações faziam sentido, mas o aspecto mental mostrou que Roni não deveria ser o escolhido. Ao invés de entrar com calma e tranquilidade, o meia corintiano pegou pilha com cinco minutos em campo, tentou dar uma cabeçada em Hugo Moura e foi expulso junto com o atleta do Furacão.

Com as emoções à flor da pele e a torcida mandante jogando contra, os jogadores corintianos se irritavam cada vez mais e acabaram sucumbindo à pressão.

Raul Gustavo, em um lance despretensioso no qual Vítor Roque tinha pouco campo para atacar, acabou cometendo penalidade. Terans foi bem na batida e puniu o Timão pelos erros individuais e emocionais.

Em empates como esse, sempre é possível ver o copo meio cheio ou vazio. Para o mais otimista, o Corinthians mostrou competividade contra uma equipe forte e organizada.

O torcedor mais pessimista fica preocupado não apenas com os dois pontos perdidos, como também a instabilidade emocional do time, que terá uma maratona de decisões pela frente na Copa do Brasil e Libertadores.