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OPINIÃO: França encontra soluções, mostra sua força e recupera favoritismo

Comandados por Mbappé, Griezmann, Rabiot e companhia, a seleção francesa mostrou sua força nas duas primeiras rodadas e, apesar dos desfalques, já está nas oitavas do Mundial

Jogadores da França celebrando a vitória sobre a Dinamarca, em Doha (Foto: Giuseppe Cacace/AFP)
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Os vários desfalques e o desempenho nos últimos torneios deixaram uma dúvida no ar antes da Copa do Mundo do Qatar: como a seleção francesa, atual campeã, chegaria à competição? Após dois jogos da fase de grupos, não restam mais dúvidas: a equipe de Didier Deschamps é, sim, uma das mais fortes favoritas a conquistar o título em 2022.

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Nas vitórias sobre a Austrália e a Dinamarca, a França não deixou para trás somente o esquema com três zagueiros, mas também reencontrou o volume ofensivo característico. Isso sem perder a solidez defensiva própria dos times do pragmático e vencedor Didier Deschamps, que encontrou soluções para as ausências de Pogba e Kanté, por exemplo.

Theo Hernandez comemorando com Mbappé (Foto: Franck Fife/AFP)

INVERSÃO NAS LATERAIS?

Um dos ajustes feitos por Deschamps já com a bola rolando na Copa do Mundo foi nas laterais. Após a lesão de Lucas Hernandez aos 8 minutos da estreia, o seu irmão Theo o substituiu. Lateral ofensivo, Theo dá maior profundidade ao time, já soma duas assistências e é mais uma arma para o lado que conta com Mbappé. A dobradinha já deu certo contra a Dinamarca, com os dois tabelando e o camisa 10 abrindo o placar.

- Nós fazemos ótimas jogadas juntos. É divertido jogar com ele (Mbappé). O técnico me diz para não subir o tempo todo. Mas, com o Kylian na minha frente, é mais fácil jogar futebol. O mais importante é que nos damos muito bem. Gosto de atacar, mas sei que, na minha posição, o mais importante é defender bem. - afirmou Theo, neste domingo.

Lucas Hernandez, por sua vez, atua como zagueiro (dos bons) no Bayern de Munique. Para manter o equilíbrio, Deschamps já trocou o lateral-direito Pavard por Jules Koundé, defensor de origem, apesar de já ter atuado na função na seleção e no Barcelona (ESP).

MEIO DE CAMPO SÓLIDO

Se teve que lidar com os cortes de Benzema, Nkunku e Kimpembe às vésperas da Copa, a seleção francesa já contava com as ausências de Kanté e Pogba, lesionados, há meses. As respostas dadas por Rabiot e Tchouaméni, nesses dois primeiros jogos, foram positivas. Os dois estão ditando o ritmo do meio de campo, com bons desarmes e orientando a altura da marcação dos Bleus, como em um dos gols contra a Austrália.

Os papéis de ambos também têm sido importantes na saída de bola - Tchouaméni, o maior passador do time além dos zagueiros, acertou 132 de 133 passes - e na parte ofensiva, com Rabiot marcando um dos seis gols da França no Mundial do Qatar até aqui.

- Não vou dar as instruções do professor. O que posso dizer é que há uma diferença entre a fase defensiva e ofensiva. Tem um que segura um pouco mais e outro que pode se projetar mais - comentou Tchouaméni, sobre as funções dele e de Rabiot na seleção.

Tchouaméni e Rabiot em duelo contra a Austrália (Foto: Anne-Christine Poujalat/AFP)

GRANDE DESEMPENHO OFENSIVO E DEFENSIVO

Mbappé, com três gols e uma assistência, é o cara da seleção francesa, mas, nestes dois jogos, Griezmann, Dembélé e Giroud também foram bem - tanto ofensivamente quanto na defesa. Em especial Griezmann e Dembélé, elogiados por Deschamps após as vitórias. As baixas tiraram a profundidade do time neste setor, que conta com jovens entre as opções.

No miolo de zaga, após Upamecano e Konate estrearem em grande estilo contra a Austrália, Varane retomou a condição de titular e deu uma postura ainda melhor ao sistema defensivo. Com Saliba e Disasi ainda como opções, o setor não é preocupação.

Com a classificação antecipada, a partida contra a Tunísia servirá para Didier Deschamps testar algumas das opções que tem, além de rodar o elenco. Apesar de ainda não ter a primeira posição da chave confirmada, a cautela é grande para que novos desfalques não atinjam a seleção prestes a iniciar o mata-mata na defesa do título da Copa do Mundo.