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Papo com Castroneves: Em Indianapolis, tudo tem seu tempo certo

Piloto fala da sua posição na Indy 500 e sua preparação para a prova

Castroneves classifica Indy 500 como a maior prova do automobilismo (Foto: divulgação)
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Oi, amigos, tudo bem?

Pois é, vou largar em 20º lugar na Indy 500 do próximo domingo, que mais uma vez terá o grid histórico de 33 carros. É uma posição ideal? A resposta é “não”, mas ao contrário do que possa parecer, estou animado para a corrida.

Vou explicar.

Foi uma semana complicada essa de preparação, que na verdade começou na quarta, 17, pois choveu na terça-feira. E não choveu pouco. Ficamos o dia todo olhando para o céu, com aquela esperança de aparecer o sol.

Quando parou de chover, a IndyCar colocou todo o equipamento de secagem de pista em ação. O sol não apareceu, mas ficou aquela claridade indicativa de que o tempo poderia melhorar. Deu aquela animada e nos preparamos para começar os treinos. Parece piada, mas quando faltavam algo em torno de cinco minutos para a bandeira verdade, adivinhem? Choveu de novo. Aí não teve jeito, o negócio foi cancelar tudo e perder um dia importantíssimo de preparação.

Vou ser honesto com vocês, logo de cara ficou claro que não teria chance de largar nas primeiras filas, muito menos na pole. A decisão acertada que tomamos foi dedicar a maior parte do tempo na preparação para a corrida. Sim, tem diferença grande entre um acerto e outro. Uma coisa é estar com o carro configurado para “voar” em quatro voltas lançadas na classificação. Outra é para enfrentar 200 voltas com muito tráfego e várias paradas.

Justamente por essa diferença, andamos quarta e quinta com o acerto de corrida e, na sexta-feira, fomos trabalhar para o Qualifying com muito mais potência. É que o regulamento permite que haja um aumento de potência exclusivamente para a classificação. Isso é conseguido na configuração do turbo. Inicialmente, achava que poderia ficar entre os 15 primeiros, mas verdade seja dita. A Ganassi e a McLaren andaram muito forte. Por outro lado, o meu #06 da Meyer Shank Racing carecia um pouco de equilíbrio. Talvez eu até pudesse ter melhorado mais ainda do que de fato aconteceu. Só que consegui uma média melhor, de 231,954 mph ( ou 373,293 km/h) de média, dentro de uma margem de segurança. Com um pouco mais de risco, andaria mais rápido, mas com risco de bater o carro e ver nosso acerto de corrida ir para o “vinagre”.

A situação agora é que ainda falta potência, nada desesperador, diga-se de passagem, mas quero aproveitar o último treino, sexta-feira agora, para trabalhar isso. Mas o importante, mesmo, é ter um carro equilibrado, que permita que a gente arrisque quando for necessário. Uma coisa eu aprendi nesses anos todos de Indy 500: no Indianapolis Motor Speedway tem hora pra tudo, para a ousadia e a prudência. Agora, para encher o muro e jogar fora todo o trabalho, vai por mim, qualquer hora é hora.

É isso, amigos, espero que todos possam ver ao vivo, na TV Cultura e ESPN, a partir das 13h, no horário do Brasil, essa que é, sem sombra de dúvida, a mais importante corrida do automobilismo mundial.

Abraço grande e ótima semana! Até depois da Indy 500!