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Garone: “Sofrer na Série B foi uma escolha do próprio Vasco”

Time completou oito derrotas consecutivas como visitante na Série B

Nenê não conseguiu escapar da marcação do Cruzeiro (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)
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A queda de rendimento do Vasco na Série B não é casual. Por mais que o futebol apresentado no início da competição nunca tenha convencido, a piora, ou a não evolução do time, foi uma escolha. Ou ao menos é o resultado das decisões tomadas pelo próprio clube.

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Se o desempenho nunca encantou com Zé Ricardo, havia ao menos ali uma linha de trabalho sendo seguida. Um planejamento iniciado na pré-temporada, de uma equipe mais física, sólida defensivamente e que sabia explorar principalmente a bola parada para conseguir seus resultados. Algo que não conseguiu ser mantido após a saída inesperada do treinador, no início de junho.

Desde então, escolhas. Em sua grande maioria, equivocadas. Quase quatro meses depois, o Vasco ainda não se reencontrou.

O clube teve a chance de trazer um técnico experiente após a saída de Zé, tinha nomes disponíveis no mercado como Enderson Moreira, mas optou pelo inexperiente Maurício Souza. Em oito jogos sob o comando do novo treinador, o time se manteve no G4, mas perdeu a invencibilidade e diminuiu seu aproveitamento.

A equipe permaneceu na 3ª posição com seis pontos de vantagem para o Londrina, o 5º. A oscilação parecia natural, e uma correção de rota com a demissão de Maurício, que tentava implementar um novo modelo de jogo no meio do campeonato, era algo natural. Mas ela não veio.

O Vasco, mais uma vez, teve a chance de ir atrás de um técnico experiente o suficiente para encarar uma Série B com o peso que é ter que subir o Cruz-Maltino após dois anos na 2ª divisão. Não foi.

Enderson Moreira, atual campeão da competição com o Botafogo, acertou com o Bahia, que passou o Vasco. Odair Hellmann recusou o convite. Guto Ferreira, outro com acessos no currículo - quatro em quatro clubes diferentes -, ao que tudo indica, sequer foi procurado. Fechou com o Coritiba.

Novamente o Vasco apostou na inexperiência. Manteve, num período onde a última janela de transferência estava aberta, quando as contratações derradeiras poderiam ser feitas, um auxiliar no comando: Emilio Faro. Uma escolha. Mais uma que não deu certo - como era de se esperar.

Foram mais oito partidas até a decisão de trazer um novo treinador - Jorginho. Mais oito rodadas em queda livre, perdendo a 3ª posição e vendo a diferença de pontos para o 5º colocado cair para quatro. Quando a água já estava no pescoço, resolveram voltar a nadar. Mas aí já se foi a janela, as ideias iniciais e até a confiança - dos jogadores e, principalmente, do torcedor.

O Vasco escolheu jogar quase metade da Série B com um técnico de primeira viagem - seja Maurício ou Emílio. O Vasco escolheu trazer reforços na última janela sem um treinador definido. Escolheu, inclusive, mais uma vez, apostar mais em garotos do que em jogadores prontos. Foi ao mercado apenas repor o que havia perdido, fosse por lesão - casos de Riquelme e Gabriel Dias - ou dispensa - Isaque, Bruno Nazário e Vitinho. E também não soube escolher.

Com 48 pontos em 31 jogos, a campanha atual do Vasco é praticamente igual a do ano passado neste período, quando fez 47. A sorte dos cariocas é que as outras equipes, com exceção do Cruzeiro, também escolheram sofrer até o fim.