Escrito por Lance!
Com a chegada de uma nova comissão técnica à Chapecoense, houve a exigência de afastamento dos profissionais que trabalharam na anterior. Com a demissão do até então diretor-executivo Rui Costa e do técnico Gilson Kleina, mudanças foram feitas até na preparação de goleiros do clube. Entre os que saíram por conta da atual comissão técnica está o preparador de goleiros Wagner Miranda. A demissão do profissional aconteceu a contragosto do próprio presidente do clube, Plínio David de Nes Filho, e dos goleiros do elenco, liderados pelo titular Jandrei.
Na noite de terça-feira, inclusive, Jandrei solicitou uma reunião com o mandatário do clube e externou todo o seu descontentamento em relação ao afastamento de Wagner Miranda, pedindo a sua permanência. O presidente disse ao goleiro que também era contra a saída do preparador, pelo bom trabalho que vinha sendo feito desde janeiro deste ano, mas que precisava resolver a questão com o novo treinador. No entanto, o afastamento de Wagner Miranda e outros profissionais do futebol acabou confirmado.
— Foi um trabalho bonito e só tenho a agradecer a Chapecoense pela oportunidade que me foi dada. É legal ver o reconhecimento dos profissionais que trabalharam diretamente comigo no dia a dia e saber que ajudei na evolução de cada um deles. Infelizmente, os bastidores do futebol têm dessas coisas, faz parte da nossa rotina, e temos que seguir a nossa vida com dignidade. Novas portas se abrem para quem é trabalhador, honesto e correto. Saio com a consciência tranquila e com a certeza do dever cumprido — disse Wagner Miranda.
O preparador de goleiros deixa como legado o Prêmio Ouro de melhor goleiro, que Jandrei recebeu no Campeonato Catarinense de 2018, sendo o menos vazado da competição, chamando a atenção da Sampdoria, da Itália. Além de ter sido finalista do Estadual, pela primeira vez a Chapecoense chegou às quartas de final da Copa do Brasil, com Jandrei pegando pênalti de Ricardo Oliveira, do Atlético-MG, nas oitavas.