Na noite da última terça-feira, o juiz Marcos Begolin, da 3ª Vara Cível de Chapecó, concedeu uma liminar que favorece a Chapecoense e pede a suspensão da divulgação do documentário "O Milagre de Chapecó" e de qualquer outro produto que esteja relacionado ao filme. A ação foi movida pelo próprio clube, que alega ter contratado a produtora Trailer Ltda para a criação de um roteiro sobre a história e evolução do time. Porém, o trailer, que já está sendo exibido nas salas de cinema, mostra que o filme foca no acidente aéreo na Colômbia, que vitimou 71 pessoas.
O clube alega que a empresa iniciou a divulgação do documentário sem a autorização da diretoria da Chapecoense, que teria enviado e-mails para a produtora, mas afirma não ter recebido resposta. A decisão do juiz define a suspensão do trailer de todos os veículos midiáticos por até 48 horas e a proíbe qualquer forma de divulgação do conteúdo, impondo multa de até R$500 mil em caso de descumprimento. A estreia do filme estava prevista para o dia 30 de novembro, mas também foi vetada.
Além da Chapecoense, as famílias das vítimas do acidente também já pensam em entrar com ações na justiça contra a produtora. Uma das viúvas teria levado os filhos à uma sessão de cinema no último dia 12 de outubro e alegado que o trailer do documentário foi exibido antes do filme infantil. Após a situação, que gerou constrangimento, os familiares entraram em contato com a direção do clube, que alegou não estar ciente da divulgação do vídeo.