Avatar
Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 17/05/2017
17:00
Atualizado em 17/05/2017
18:10
Compartilhar

Quase 10% das lesões sofridas pelos jogadores da Série A do Brasileirão em 2016 foram na cabeça ou no rosto (9,69%, para ser mais exato). O dado foi trazido por um levantamento feito pela Comissão Nacional de Médicos da CBF (CNMF). Em números absolutos, foram registradas 29 lesões desse gênero.

O número de lesões na cabeça é quase igual ao de problemas no joelho (27) e no tornozelo (28).

- Estamos falando de um esporte que normalmente tinha contusão de membros inferiores. Normalmente se falava em joelho, coxa, tornozelo... A tendência é aumentar, porque cada vez mais o jogo é muito disputado no alto. Vamos ficar em cima para que o pessoal cumpra as regras - disse ao LANCE! Jorge Pagura, presidente da Comissão Nacional de Médicos do Futebol, alertando para a necessidade de precaução durante as partidas:

- Se sente o joelho, tiram o jogador na hora. Bate a cabeça e ninguém está acostumado com isso, o jogador volta a jogar. Pode até fazer gol, mas às vezes ele nem sabe onde está.

Entre as lesões na cabeça, foram registradas 11 concussões cerebrais, cerca de 38% das ocorrências.

- Quando o jogador bate a cabeça, ele pode ter uma concussão, que é um inimigo oculto. Se obedecermos as regras, a gente estará fazendo um esporte seguro e um futuro mais seguro ainda para o jogador de futebol – completou Pagura, desta vez ao site da CBF.

Ao todo, o Brasileirão-2016 teve 299 lesões, contabilizadas pelos próprios clubes no Sistema de Mapeamento de Lesões, um banco de dados desenvolvido pela CBF.

A parte do corpo com maior incidência de lesão na elite do futebol brasileiro é a coxa, com 42% dos registros. Em números absolutos, 127 ocorrências.

MAIOR INCIDÊNCIA DE LESÕES
Coxa - 127 (42,4%)
Cabeça/rosto -  29 (9,69%)
Tornozelo - 28 (9,36%)
Joelho - 27 (9,03%)
Perna - 20 (6,68%)
Virilha - 13 (4,34%)
Ombro - 12 (4,01%)
Pé - 8 (2,62%)

Siga o Lance! no Google News