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Calleri marca com lágrimas nos olhos e São Paulo bate o Vitória

Em noite atípica, com atraso e queda de energia no Morumbi, argentino quebra jejum de quatro partidas sem marcar e dedica gol ao amigo Vladi, que morreu no último sábado<br>

&nbsp;(Foto: Ale Cabral)
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De normal na noite desta quarta-feira no Morumbi apenas o fato de que o Vitória segue sem nunca ter vencido uma partida no estádio do São Paulo. Tudo o que cercou e rolou na partida da oitava rodada do Campeonato Brasileiro, porém, foi diferente, estranho. Atraso dos baianos, apagão de 15 minutos e Lugano artilheiro. Mas o fato é que o Tricolor venceu por 2 a 0, algo inédito nesta Série A, e colou de novo no G4. Veja a repercussão do jogo.

O horário das 19h30, diante do usual trânsito da capital paulista, já não pode ser considerado o ideal para chegar ao Morumbi. Some à rotina uma manifestação de professores que interditou diversas ruas na região do estádio. Era sair de casa no meio da tarde ou aceitar um pequeno atraso para o jogo. Bom, isso para um torcedor, né? Mas e o Vitória?

Restavam 45 minutos para o jogo começar quando o ônibus com os baianos chegou ao Morumbi. Foi uma correria intensa para divulgar a escalação à imprensa, subir ao gramado para aquecer, retornar ao vestiário para vestir o uniforme e subir a campo já com o Hino Nacional executado e o São Paulo posicionado. E se é para correr... Com 15 segundos, Ytalo e Auro pararam em Fernando Miguel, com duas grandes defesas.

Depois, aos dois minutos, foi o Vitória que fez Denis trabalhar, em milagre para conter cabeçada de Kieza, perseguido por Maicon em campo e por xingamentos nas arquibancadas. A velocidade diminuiu, o árbitro Wagner Reway fez questão de tornar tudo ainda mais lento e, de repente, breu. Foram 27 minutos sem energia no Morumbi. Tempo para a torcida mostrar que os smartphones estão em dia e ofender Kieza por mais alguns minutos.

Difícil foi acordar da escuridão. Ytalo tentou em cabeçada, mas vencer a lentidão imposta por erros técnicos e uma arbitragem irritante era para os fortes. Edgardo Bauza, então, lembrou-se de que seu banco estava reforçado e mandou Paulo Henrique Ganso entrar na vaga de Auro. Depois, saiu Centurión para Michel Bastos entrar. O time, ao menos, se impôs como mandante.


Mas a imposição não bastou contra Internacional e Atlético-PR e perder mais pontos em casa era algo impensável. Como impensável seria Matheus Reis, mais uma vez com problemas na marcação, cruzar com perfeição para Calleri beijar a rede como se se despedisse do amigo Vladi, morto em um acidente de moto no último sábado. Aos prantos, vibrou como sempre, mas como não fazia desde 21 de abril - entretanto, foram apenas quatro jogos de jejum.

Jony lavou a alma e o coração aos 30 minutos, deixando todo o São Paulo mais leve. Era necessário derrubar o adversário de vez, na marra. Ninguém mais indicado para tal tarefa do que Lugano, que se atirou no meio da área para completar escanteio de Ganso, aos 41 minutos. E aí, nesta noite nada comum, os chiados contra Bauza passaram a ser gritos de olé. O meio da tabela passou a ser quinta colocação, agora com 13 pontos. Já o Vitória permanece com nove pontos, mais perto da zona de rebaixamento.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 0 VITÓRIA

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: Eduardo Gonçalves Cruz (MS) e Flábio R. Rubinho (MT)
Cartões amarelos: Bruno, Thiago Mendes, Michel Bastos, Calleri e Lugano (SAO), Kieza e Willian Farias (VIT)
Público e renda: 9.213 / R$ 264.262,00
Gols: Calleri 30' 2ºT (1-0); Lugano 41' 2ºT (2-0)

SÃO PAULO: Denis; Bruno (Caramelo 24' 2ºT), Maicon, Lugano e Matheus Reis; João Schmidt, Thiago Mendes, Auro (Ganso - intervalo) e Ytalo; Centurión (Michel Bastos 15' 2ºT) e Calleri. Técnico: Edgardo Bauza

VITÓRIA:
Fernando Miguel; Norberto (José Welison 5' 2ºT), Victor Ramos, Ramon e Diego Renan; Amaral (Vander 33' 2ºT), Willian Farias e Tiago Real; Marinho, Kieza e Dagoberto (Alípio 28' 2ºT). Técnico: Vagner Mancini