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Botafogo tem reta final de primeiro turno promissora e promete brigar por voos maiores no Brasileirão

Após altos e baixos com Chamusca, Alvinegro se encontra com Enderson, dá demonstração de força nos últimos jogos, mas ainda precisa se provar fora de casa

Enderson Moreira é o treinador do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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Depois de um período de altos e baixos, o Botafogo terminou o primeiro turno da Série B do Brasileirão podendo sonhar de forma concreta por um lugar no G4. Após o término da 19ª rodada, apenas 4 pontos separam o Alvinegro da zona de classificação à próxima Série A do Campeonato Brasileiro.

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A primeira metade da competição foi, em termos gerais, irregular, mas terminou de maneira promissora. Muito disto por conta da chegada de Enderson Moreira, contratado após a demissão de Marcelo Chamusca e que deu uma nova cara ao time.

Com o novo técnico, o Alvinegro realizou uma campanha de busca por título: cinco vitórias, um empates e uma derrota, o que representa 76,1% de aproveitamento. Para efeito de comparação, o Coritiba, líder do torneio, tem 63,2% de sucesso nos pontos conquistados até aqui.

A principal questão que envolve o Botafogo é a irregularidade em relação ao estádio em que está: ao mesmo tempo que é um dos piores visitantes da Série B e faria uma campanha de rebaixamento se considerado apenas jogos como visitante, o Alvinegro é o melhor mandante da competição.

Uma possível melhora e subida ao G4 passa, necessariamente, por mais resultados positivos longe do Rio de Janeiro. Em todo o primeiro turno, o Botafogo venceu apenas um jogo como visitante. Sendo mandante, contudo, o Alvinegro tem campanha de excelência: sete vitórias, um empate e apenas uma derrota.

DE CHAMUSCA A ENDERSON: MUDANÇA NA POSTURA
O Alvinegro teve primeiras rodadas marcadas por instabilidade. Marcelo Chamusca, que já vinha de um desempenho longe do ideal no Carioca, comandou a equipe no começo da Série B e não conseguiu extrair aquilo que se esperava. A demissão chegou após o empate em 3 a 3 com o Cruzeiro, no Nilton Santos, quando o Alvinegro dava sinais de que não evoluiria.

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Com Enderson, o Botafogo nem teve tantas mudanças em relação à parte tática - até porque o calendário e o pouco tempo de treinos não permitem -, mas a impressão é de um time mais confiante. O novo técnico mexeu, logo de cara, com a parte anímica dos jogadores. Deu certo: a campanha do Botafogo melhorou e tem muito dedo do treinador nos pontos do time.

Mesmo com um número menor de partidas, 55% dos pontos conquistados pelo Botafogo foram com Enderson na casamata. A impressão é que o Alvinegro é uma das equipes mais "embaladas" na chegada do segundo turno. A ver, claro, se este momento com Enderson continuará.

Eu vi o Chay: meia se destaca (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

O DESTAQUE
Chegou sob certa desconfiança, teve boas atuações logo de cara e mostrou que, no momento, é praticamente insubstituível na equipe titular: estas são algumas das frases que definem os primeiros meses de Chay no Botafogo.

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O camisa 14, um dos destaques do último Carioca pela Portuguesa, é o artilheiro do Alvinegro na Série B, com sete gols marcados. Mais do que isto, é um jogador com características que o elenco atualmente não possui. Ou seja, a presença do camisa 14 é bem importante.

Não à toa, se fala até mesmo de uma "Chaydependência", já que o Botafogo tem seguidas dificuldades de criar oportunidades de gol quando o meio-campista tem uma atuação apagada. Enderson Moreira, contudo, fez questão de dizer que isto não existe.

A REVELAÇÃO
Rafael Navarro assumiu a responsabilidade de guiar o ataque do Botafogo. Apesar de não ser o artilheiro da equipe, é o jogador com mais participações diretas em gols e um dos atletas mais participativos do Alvinegro.

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Com onze envolvimentos em bolas na rede, o principal garçom da Série B, com seis assistências, chama atenção até mesmo do futebol europeu. Mesmo com o atacante atuando na segunda divisão, o Anderlecht tem interesse no camisa 99 e tudo se desenrola para um acerto ao futebol belga.

Navarro é o líder de assistências (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

GRATA SURPRESA
O meio-campo do Botafogo sofreu no Campeonato Carioca. Seja pela falta de organização ou de um jogador para colocar a bola no chão e ditar o ritmo do time, a equipe passou sufoco no Estadual e muito da campanha ruim no torneio se dá ao setor de pouca criatividade.

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Isto mudou com a chegada de Luís Oyama. Apesar de não contribuir muito com números concretos que acabam virando gols, o camisa 5 é importante no começo das jogadas do Alvinegro. Na base da jogada, é sempre o responsável pela saída de bola e ocupação de espaços no sistema ofensivo.

Oyama é a alma do meio-campo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

PODE MELHORAR
Apesar de não ter um elemento individual com destaque negativo em si, o sistema defensivo do Botafogo, como um todo, já passou por momentos melhores na temporada. O time sofreu bastante durante a Série B - principalmente com Marcelo Chamusca.

Desde que Enderson chegou, o Alvinegro foi vazado em apenas duas oportunidades. Mesmo assim, as bolas aéreas continuam sendo um problema. Mais uma vez, não é que jogador x ou y peque no quesito, mas sim o coletivo, com marcações e encaixes que começam desde o meio-campo e terminam dentro da pequena área.

Não à toa, o Botafogo só venceu jogos quando passou ileso na defesa. As vitórias, portanto, passam necessariamente por uma boa atuação do sistema defensivo. Em termos gerais, o contexto final do Botafogo no primeiro turno é animador, mas muita coisa pode mudar em mais 19 rodadas que estão por vir.