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Ex-procurador do STJD avalia caso de injúria racial de botafoguense a familiares de Vinicius Júnior

Em entrevista nesta quinta-feira, Caio Medauar aponta que há diferenças entre episódio no Nilton Santos e caso que custou eliminação do Grêmio na Copa do Brasil de 2014

'Não foi toda a torcida, e o botafoguense foi identificado', diz Caio Medauar (Foto: Reprodução)
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O episódio de injúria racial que um torcedor do Botafogo direcionou a familiares do atacante Vinícius Júnior, do Flamengo, pode ganhar novos desdobramentos. Em entrevista à ESPN na manhã desta quinta-feira, o ex-procurador do STJD, Caio Medauar, avaliou que há diferenças em relação ao episódio em torno do goleiro Aranha, em Grêmio e Santos, pela Copa do Brasil de 2014:

- O Artigo 243-G não especifica para quem é dirigido o ato discriminatório. Na minha opinião, o ato por si só, já é grave, independente de a vítima ser o atleta, o árbitro, um torcedor. No caso da partida de ontem (quarta-feira), há agravantes: não foram todos os torcedores do Botafogo. Além disto, há a identificação pelo clube de quem cometeu a injúria racial, o que dá margem para ser aplicada meramente a multa.

O torcedor acusado, que estava no Setor Leste, foi detido durante o empate em 0 a 0 entre Botafogo e Flamengo. Após prestar depoimento, na madrugada de quinta-feira, policiais conduziram o botafoguense à Cidade da Polícia.

Medauar apontou que o gesto do torcedor do Botafogo mantém a preocupação do STJD em coibir injúrias raciais no futebol. Porém, disse que a punição ao Grêmio (que perdeu três pontos devido às injúrias raciais direcionadas ao goleiro Aranha, no duelo com o Santos) foi um paradigma:

- Atos discriminatórios sempre foram uma pauta presente, e entendo que há uma preocupação para evitar que alguns atletas sejam alvos frequentes e até induzidos a tolerar. A punição no caso do Grêmio foi um paradigma.