Meu Fogão

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Preocupação no Botafogo: Cruzeiro marcou mais da metade dos gols na Série B em escanteios

Raposa balançou as redes em oito oportunidades neste Brasileirão por meio de jogadas de canto, justamente uma das maiores dificuldades defensivas do Alvinegro

Matheus Barbosa faz gol de cabeça contra o Guarani (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Escrito por

O décimo de 38 capítulos. Neste sábado, o Botafogo mede forças com o Cruzeiro pela 11ª rodada da Série B do Brasileirão às 16h30, no Estádio Nilton Santos. A equipe comandada por Marcelo Chamusca está a cinco pontos de distância do G4.

+ Há vida sem Chay? Gols do Botafogo aumentam em 200% com o atacante em campo

Em campo, uma das principais qualidades de uma equipe vai bater de frente com uma crônica dificuldade de outra. A maior forma que o Cruzeiro marcou gols nesta Série B foi por meio de jogadas de escanteios, com uma bola aérea forte. O posicionamento defensivo do Alvinegro, contudo, é falho - o time foi vazado em várias maneiras desta forma.

O Cruzeiro tem 13 gols na Série B do Brasileirão. Oito destes nasceram de jogadas de escanteio. Isto significa que 61,5% das bolas na rede da Raposa na competição foram neste estilo. Léo Gomide, repórter das equipes mineiras na "TV Band Minas", explicou este contexto ao LANCE!.

- O escanteio é uma arma bem utilizada pelo Cruzeiro, mas não diria que o time é refém da bola parada. É uma alternativa que o time consegue se estruturar bem de acordo com a marcação do adversário para tirar proveito - analisou.

COMO JOGA
Apesar do expressivo número de gols em escanteios, o Cruzeiro apresenta, até aqui, mais irregularidades do que qualidades. O treinador Mozart, que assumiu a equipe no decorrer da Série B, após a saída de Felipe Conceição, parece ainda não ter encontrado uma escalação ideal.

– O Mozart tem variado muito o time. Tanto em termos de peças quanto na formação tática. Ele já jogou com três zagueiros, mas um deles sendo um volante, um desses zagueiros sendo um lateral... Já jogou no 4-2-3-1, 4-4-2, mas, independentemente da estrutura, o time não muda muito para atacar ou defender - admitiu o jornalista.

A ideia do Cruzeiro é iniciar a criação de jogadas por meio da bola no chão. O time, porém, ainda não conseguiu colocar a ideia em prática: a Raposa, por vezes, fica 'presa' na tentativa de saída curta por conta da falta de quebra de linhas e de jogadores saindo das posições originais. Léo Gomide explica.

- Mozart gosta de um jogo construído desde trás, mas vem tendo dificuldade. Nessa saída de construção curta, geralmente faz uma saída de três com dois zagueiros e o lateral-direito. Ele tem aberto nos lados o ponta-direita e o lateral-esquerdo, e dois meio-campistas por dentro. A maioria dos adversários marca no 4-2-3-1 ou 4-4-2, então ele sempre tem superioridade numérica nessa saída. Mas os zagueiros não conseguem avançar com a bola e então tocar no espaço livre. Então os três jogadores acabam tocando a bola de um lado para o outro. Ele ataca com praticamente sete jogadores contra dez do adversário. Há muita dificuldade na construção - analisou.

O Cruzeiro tem a pior defesa da Série B: são 16 gols sofridos em dez partidas disputadas - 1,6 gol levado por jogo. Muito disto se dá porque a equipe fica bagunçada com facilidade ao tentar roubar a bola do adversário e isto acaba gerando um efeito contrário.

– O time tem muita lateralidade. Ele gosta que o meia não fique presos aos lados, sempre balance para onde está a bola. A fragilidade são os encaixes, quando o time adversário troca passes curtos a marcação sempre fica desencaixada e acha um jogador livre. Isso acontece desde os zagueiros, quando um defensor arrasta a bola acaba gerando um espaço entrelinhas, com alguém no meio - completou.