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Evolução física e ‘problemas’ com técnicos: como Luís Henrique volta ao Botafogo após dois anos na França

Antes franzino, atacante evoluiu fisicamente no Olympique de Marselha; na Europa, teve meses de protagonismo, mas foi 'deixado de lado' por André Villas-Boas e Jorge Sampaoli

Luís Henrique voltou ao Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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O bom filho à casa torna. Após uma negociação cercada de episódios dramáticos, o Botafogo fechou a contratação de Luís Henrique. O atacante retorna ao clube que o revelou profissionalmente dois anos depois de vendê-lo para o Olympique de Marselha-FRA.

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Na França, o jogador de 20 anos amadureceu, principalmente, na parte física. Quando subiu para o time profissional do Alvinegro, Luís Henrique era marcado por ser um jogador franzino, algo que ficou para trás. A evolução física é o ponto principal na evolução do atleta após dois anos na França.

- Ele volta ao Brasil certamente mais experiente, tendo passado pelas mãos de dois técnicos com nome relativamente forte no cenário, Villas-Boas e Sampaoli, o que certamente dá uma bagagem interessante em uma volta ao Brasil. Ele desenvolveu muito a parte física nesses dois anos, se tornou um jogador muito mais forte com a rotina de treinos europeia. É claro que temos que verificar a sua provável falta de ritmo de jogo devido a sua não utilização regular no OM, ele vai precisar de um tempo pra se readaptar ao jogo - afirmou Leonardo Gouveia, dono da página "OM Brasil", ao LANCE!.

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A passagem de Luís pela França, porém, foi conturbada. O primeiro contato foi logo conturbado: André Villas-Boas, então treinador da equipe, esperava a contratação de centroavante, mas o brasileiro, um ponta esquerdo, chegou. O atleta, então, foi deixado de lado.

- Luís chegou em um time muito fraco, que passava por um momento de profunda crise devido a péssima gestão de Jacques-Henri Eyraud, presidente na época. Então, nesse início dele em Marseille, os principais motivos para não fluir foram: a tentativa de encaixe em um elenco sucateado, a língua, a solidão, a família dele só chegou a Marseille meses depois, e, como cereja do bolo, a não utilização por parte do Villas-Boas, que chegou até a dizer que podia testá-lo de centroavante, mas nunca ocorreu - explicou Leonardo.

CHEGADA DE JORGE SAMPAOLI
O OM passou por uma crise no meio da temporada 2020-21. O presidente chegou a receber ameaças de morte e entregou o cargo. Pouco tempo depois, o técnico André Villas-Boas pede demissão após a direção contratar outro jogador sem o seu aval.

Jorge Sampaoli, após passagem pelo Santos, é contratado. E aí é que a passagem de Luís Henrique dá uma virada. Sem poder contratar, o argentino é 'obrigado' a utilizar as peças que tinha à disposição no elenco e o camisa 11 ganha espaço.

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- Sampaoli começou a dar oportunidades significativas para Luís Henrique, que foi fundamental na reta final de campeonato, dando cinco assistências que ganharam jogos para o time, levando o OM à 5ª colocação da Ligue 1, assegurando uma vaga nos play-offs da Europa League, o que era impensável aquele momento com a campanha ruim que a equipe fazia até então - lembrou.

Bom final de temporada, moral alta com o treinador e classificação para competição europeia. Tudo levava a crer que Luís Henrique, finalmente, deslancharia na França. Não.

- Na temporada 21-22, o OM realizou uma imensa reformulação, se desfazendo de 14 jogadores e trazendo 11 novos atletas, aumentando significativamente o patamar do elenco. A partir daí, Luís Henrique voltou ao limbo e não conseguiu se impor diante da hierarquia de meias abertos, pontas e atacantes no esquema de Sampaoli... Ünder, Gerson, Payet, Dieng, de la Fuente estavam todos a sua frente - afirmou Leonardo.

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Luís Henrique chegou a ficar fora da lista de inscritos do Olympique para a Conference League, competição que a equipe foi após ficar em terceiro no grupo da Liga Europa. O jogador foi deixado de lado por Sampaoli e já tinha vontade de deixar a equipe pela relação ruim com o argentino.

Luís Henrique pelo OM (Foto: AFP)

EVOLUÇÃO
Apesar do pouco tempo de jogo, o atacante se mostrou importante para o Olympique de Marselha em um momento de pressão para a equipe. O jogador chega em um contexto parecido no Botafogo: o Alvinegro está em uma sequência negativa e vivendo com resultados ruins no Brasileirão.

- Em suma, a passagem de Luís Henrique (no Olympique) foi bastante atormentada por um clube em transição e reconstrução interna, questões pessoais e familiares e por treinadores que não lhe confiaram a responsabilidade ou deram sequência a ele - resumiu Leonardo.

Na Ligue 1 de 2020-21, Luís teve, além de cinco assistências em 19 jogos, médias de 45% de sucesso nos dribles, 10.3 passes certos e 50% dos duelos no chão ganhos por partida. Os dados são do "SofaScore".