Em jogo marcado por polêmicas de arbitragem, o Bahia viu o Atlético-MG construir o placar de 3 a 0 depois da expulsão do zagueiro Kanu, já no segundo tempo, e perdeu mais um jogo fora de casa neste Brasileirão. Mas, novamente, o destaque nos bastidores não foi para o desempenho dos times em si, e sim para as decisões do árbitro de vídeo.

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O paranaense Rafael Traci, que comandou o VAR na noite desta quarta-feira, foi alvo de duras críticas por parte do técnico Rogério Ceni, que questinou a não expulsão de Junior Alonso por falta dura ao disputar a bola com Michel Araújo logo aos 30 segundos de jogo. Traci sequer chamou o árbitro Davi de Oliveira Lacerda e nem um cartão amarelo foi aplicado.

— Poderia fazer uma análise técnica do jogo, mas o jogo começa em Inter x Atlético-MG, quando o Hulk vai expulso. Hoje, o jogo foi ditado nesse ritmo. Rafael Traci, que fica escondido, teve a coragem de chamar o lance para expulsão de Kanu, mas não chamou para o lance do Michel [Araújo], que teve o meião rasgado. O que vai ser feito com esse senhor? O VAR não teve a coragem de dar nem um amarelo — desabafou.

Já no segundo tempo, aí sim o VAR chamou o Davi de Oliveira para recomendar a expulsão de Kanu, que, de fato, levou o cartão vermelho quando o jogo ainda estava 0 a 0. Mais um motivo para críticas pesadas de Ceni.

— Não é que o árbitro é ruim, mas o senhor Rafael Traci no VAR, o que acontece com ele? Como ele vai explicar aquele lance que é expulsão clara. Sabe o que vai acontecer? Nada. Esse é o futebol brasileiro. O lance do Michel Araujo é mais propício para vermelho ou o do Kanu? O senhor Rafael Traci teve a coragem de chamar para o lance do Kanu, ele é muito corajoso aqui no campo do Atlético.

Árbitro Davi de Oliveira Lacerda adverte Kanu, do Bahia; Ceni fica na bronca depois do jogo contra o Atlético-MG (Foto: LUCIANO BREW/AGENCIA ENQUADRAR)

O Bahia antes da expulsão

Antes de perder Kanu por expulsão, aos seis minutos do segundo tempo, o Bahia sustentava o empate contra o Atlético-MG na Arena MRV em um jogo que Rogério Ceni avaliou como consistente. Mas, depois do cartão vermelho, as coisas desandaram para o Tricolor, que viu Hulk, Igor Gomes e Biel construírem o placar elástico em Belo Horizonte.

— Temos que analisar o jogo antes da expulsão, no 11 contra 11. Tivemos um bom volume de jogo, uma postura boa. O Atlético começou a dominar a partir da metade do primeiro tempo, mas tivemos boa postura. A gente se defendia bem até a expulsão. E aí, depois disso, a gente tentou duas linhas de quatro, mas com jogadores cansados, menos de 72 horas para descansar. Ali o jogo já estava definido — analisou o treinador.

Com mais um desafio longe de Salvador, o Bahia tem compromisso marcado para as 18h30 deste sábado (horário de Brasília), contra o Internacional, no Beira-Rio.

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