Bahia

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Advogado e especialista analisa possibilidade de SAF no Bahia

Luiz Henrique Martins Ribeiro comenta oportunidade de crescimento através do projeto<br>

Advogado é ex-presidente do Tubarão-SC (Divulgação/CONAFUT)
Escrito por

O Bahia tem negociado com o City Football Group, conglomerado proprietário do Manchester City, para mudar o modelo de administração da equipe para SAF. Os mandatários do Tricolor aguardam a proposta oficial para iniciar o processo de transferência do equivalente a 90% do controle de gestão onde, após receber o documento, o clube deve encaminhar o contrato para o Conselho Deliberativo e a assembleia de sócios para as respectivas aprovações.

>Veja as esculturas de atletas que viraram memes nas redes sociais

Segundo as informações disponíveis, o investimento do City Football Group será realizado em três fases. Logo no início do projeto, o Bahia receberia R$ 50 milhões onde, no fim da temporada, se o time conseguir o acesso para a Série A, será depositado mais R$ 150 milhões para o Campeão Brasileiro de 1959 e 1988. Por último, R$ 450 milhões serão pagos entre 2023 e 2024, totalizando a quantia acordada de R$ 650 milhões para a concretização do negócio.

Luiz Henrique Martins Ribeiro, advogado e ex-presidente do Tubarão-SC, um dos primeiros clubes-empresa do futebol brasileiro, comenta sobre a importância do modelo de SAF para equipes de caráter emergente:

- É um momento e um movimento muito interessante, em especial para os clubes médios brasileiros, porque poderão utilizar essa ferramenta como meio de alavancagem e crescimento. A SAF e essa nova legislação servem para modernizar o ambiente de negócios no futebol brasileiro.

- Vejo que há muito mais uma necessidade do que uma oportunidade em relação a transformação para SAF. Os clubes buscam equacionar as suas dívidas e não só isso, mas também uma gestão profissional, até porque a lei prevê isso. Além disso, é preciso cuidado com a questão orçamentária, com as cláusulas de saída caso o negócio não dê certo. Então é necessário que os clubes tenham uma boa assessoria jurídica, técnica-contábil e façam as diligências adequadas de quem irá fazer o investimento - alertou Luiz Henrique.

Diferente do que aconteceu com o Montevideo City Torque (Uruguai) e o Melbourne City (Austrália), o Bahia não passará por grandes mudanças no uniforme e na identidade visual. O nome da equipe também será mantido. Girona (Espanha) e Troyes (França) são exemplos de clubes que foram adquiridos pelo grupo de investimento e não sofreram com alterações drásticas.

O advogado, que presta consultoria para agremiações que pretendem migrar do modelo associativo para o empresarial, discorre sobre a mudança no poder das equipes.

- Com a SAF, passa-se a ter um dono, um responsável e aí essa figura muda, que pode servir tanto para o lado positivo quanto para o negativo, e esse cuidado tem que se ter, em especial nas regras de governança, compliance e de controle - concluiu.