Escrito por Lance!
Ricardo Oliveira está em alta no futebol brasileiro neste início de 2019. O atacante do Atlético-MG é artilheiro do Campeonato Mineiro, com cinco gols, e da Libertadores, anotando mais quatro até aqui, totalizando nove em seis jogos, uma média de 1,5 gol por jogo. A boa fase porém é fruto de trabalho intenso, nas palavras de Ricardo, e equilíbrio dentro e fora de campo.
O jogador sofreu várias críticas em 2018 por alguns jejuns de gols durante a temporada, mas isso não o abalou e os frutos estão sendo colhidos no bom momento vivido no clube aos 38 anos. A experiência dentro de campo e de vida levou Ricardo Oliveira a prestar solidariedade a um companheiro de profissão e com o mesmo ofício de marcar gols: o atacante Borja, do Palmeiras, que vem sendo muito “cornetado” por sua torcida e claro, pelos rivais pela falta de gols e tentos considerados “fáceis” sendo perdidos pelo palmeirense.
Ricardo, professoral e didático, deu dicas a Borja,sobre o seu atual momento em campo e disse para o jogador, que tem apenas dois gols em 2019 que repetição e paciência são as fórmulas de sucesso para superar os maus momentos. Ricardo ainda elogiou o palmeirense afirmando gostar dele como atacante
- Essa variedade de gols, de cabeça, pé direito, esquerdo, falta, pênalti... Isso é muito tempo de disciplina, treino. É repetição. São 18 finalizações certas, nove gols. Um gol a cada duas finalizações. Isso é muito treino. O segredo é esse. É treino. Ano passado eu falhei demais. Perdi gols inacreditáveis. Às vezes a gente passa por isso. Não gosto de falar dos outros, e nem estou defendendo, mas tem um cara que foi artilheiro da Libertadores e hoje está sendo muito criticado, que é o Borja. Gosto do jogo dele. As coisas não estão fluindo, está perdendo gols, mas é um cara que tem o gol no DNA. Atacante é isso-disse Ricardo para em seguida sugerir equilíbrio a Borja nesse momento de instabilidade.
- Não pode é perder o equilíbrio. Quando está indo bem, não pode parar de treinar. Continua fazendo a mesma coisa. Quando está mal, a mesma coisa. Sou um cara que treina muito, não vislumbra com nada. Se estou perdendo gols, faço reflexão das críticas, me cobro bastante. A pessoa que tenho que competir sou eu mesmo. Posso ser melhor, posso dar a melhor versão de mim. É muito treino, dedicação, disciplina. E com essa paixão pelo futebol. E também contando com a generosidade dos companheiros que tenho ao meu lado, que me dão passes pra gols, e a gente comemora junto. É uma soma que faz com que a gente tenha os números, que são tão importantes - concluiu.
Respeito ao Defensor
Após oferecer um momento guru de sabedoria para o colega de trabalho, Ricardo Oliveira voltou suas atenções para o duelo desta quarta-feira, 21h30,contra o Defensor-URU, pela terceira fase pré-grupos da Libertadores, e pregou respeito aos uruguaios, mesmo com uma grande vantagem sobre o rival após vitória por 2 a0, em Montevidéu, na última quarta-feira.
O camisa 9 do Galo comentou que o mau momento do Defensor, que não vence há seis jogos não deve ser considerado numa decisão de vaga na Libertadores.
-Quanto ao adversário, de que o adversário não ganha há seis jogos, como vai ser… Nossa concentração e foco são totais. A única coisa que é certa no futebol é que o jogo vai começar 0 a 0. Você não sabe o que vai acontecer. Não vamos nos distrair por nada, não vamos perder nosso foco. Nossos objetivos são vencer este jogo, passar essa eliminatória e entrar na fase de grupos. Estamos muito focados no que precisamos fazer para fazer um grande jogo- completou.