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Presidente do Galo compara futebol a uma ilha, com segurança para a volta dos jogos e campeonatos

Sérgio Sette Câmara defendeu o retorno das competições para os clubes poderem retomar as atividades e evitarem mais prejuízos 

Sérgio Sette Câmara é defensor da volta dos jogos e garante que o futebol tem critérios de segurança que permitem o retorno das partidas-(Foto: Bruno Cantini/Atlético)
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O presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, considera seguro a manutenção e a volta dos campeonatos que estão paralisados no Brasil. Para o dirigente, os clubes estão com protocolos que garantem a realização dos jogos, mesmo com a pandemia do novo coronavírus crescendo no Brasil.

-Eu entendo que o futebol, dentro das atividades que nós temos aí, é uma das que mais têm condições de voltar com segurança. O futebol tem obedecido critérios rigorosos, nós aqui no Atlético temos feito testes semanais, inclusive ontem tivemos um aqui e não tivemos nenhum caso- disse em entrevista à CNN Brasil.

O dirigente alvinegro reforçou sua visão destacando a importância econômica do esporte no país e ainda que os clubes precisam retomar suas atividades para sobreviverem.

-Me parece que essa é uma atividade importante, o futebol tem que ser visto como um negócio, os clubes precisam voltar, existem muitos empregos no entorno do futebol, o futebol gera riquezas e impostos. Eu acredito que se existe uma atividade hoje que pode voltar dentro dessa flexibilização com segurança é o futebol por conta da rigidez dos protocolos que estamos seguindo- explicou.

Sette Câmara citou que todos os clubes estão tendo dificuldades e perdas com a parada forçada do futebol no Brasil, porém, ressaltando que cada equipe sabe o tamanho da sua situação.

-Cada clube tem uma situação diferente, tem clubes que assinaram com uma TV, clubes que assinaram com uma outra, tem o pay-per-view, a falta de público… Alguns têm uma renda maior, como por exemplo, o Atlético, o Flamengo, o Corinthians, que também perderam muita renda. Mas a perda é geral. É uma crise que nós estamos passando de mãos dadas, nunca vi o futebol brasileiro tão unido-disse.

O presidente do Atlético faz parte da Comissão Nacional de Clubes, que está negociando e trabalhando com a CBF sobre a situação do futebol no país. E, com a possibilidade do Brasileiro das Séries A, B, C e D iniciarem em agosto, o dirigente espera que os prejuízos sejam reduzidos.

-Nós temos uma comissão e nós temos conversado com a CBF, nós tivemos uma reunião na semana passada, onde ficou mais ou menos definido que nós vamos voltar no dia 9 de agosto, é para isso que vamos trabalhar. É claro que isso não é ainda absolutamente tranquilo, isso depende de algumas variáveis no decorrer do mês de julho, mas o certo é que nós precisamos voltar logo para minimizar o prejuízo que os clubes tiveram e eu vejo que isso é uma grande possibilidade em função dos protocolos que estão sendo seguidos-disse Sette Câmara que comparou o futebol como uma ilha, tendo menos riscos de contaminação pela Covid-19 em relação ao restante da população.

-O futebol é como se fosse uma Coreia ou Nova Zelândia, são ilhas aqui dentro do Brasil. Nós estamos seguindo protocolos rígidos, que foram seguidos nesses países, e que rapidamente conseguiram se livrar da pandemia. A gente tem feito isso e, mais do que nunca, o futebol tem colaborado para poder detectar onde é que existe infecção ou outra e separando, enfim. Dentro desse quadro, eu acredito que o futebol tem que voltar mesmo em agosto e isso é bem possível.

Pensamento diferente em Minas Gerais

As autoridades de saúde do Governo de Minas Gerais vetaram a retomada do Campeonato Mineiro no mês de julho, como desejava a Federação Mineira de Futebol(FMF) após reunião com a Secretaria de Saúde de Minas. A ideia da entidade era retomar a competição no dia 26 de julho, mas o aumento significativo de casos da Covid-19 nos últimos dias, vão retardar mais uma vez a conclusão do torneio, parado desde o dia 16 de março.

Na manhã desta segunda-feira, 29 de junho, a Secretaria de Saúde do Estado divulgou uma nota vetando a retomada do Estadual. Além do alto número de casos de coronavírus em Minas, mais de 41 mil, o Centro de Operações de Emergência em Saúde de Minas Gerais (COES-MG) analisou o protocolo apresentado pela FMF para volta dos jogos, não dando o “ok” à realização de partidas no estado.

Confira a nota oficial da SES-MG

-O Centro de Operações de Emergência em Saúde de Minas Gerais (COES-MG) avaliou os protocolos apresentados pela Federação Mineira de Futebol (FMF) e pelos times mineiros, e que solicitava o retorno às atividades do futebol para o Campeonato Mineiro.

Diante de um panorama com piora da situação epidemiológica e assistencial, em que, inclusive, foi recomendado o retorno de todos os municípios que aderiram a Deliberação do Comitê Extraordinário COVID-19 nº 39 de 29 de abril de 2020 (Plano Minas Consciente) para a onda verde, a avaliação feita foi de que nenhum protocolo seria adequado ao momento.

Havendo uma melhora do panorama epidemiológico e assistencial os protocolos serão reavaliados para que a atividade seja retomada com segurança a vida dos envolvidos. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) entende a importância do futebol e do esporte na vida do brasileiro, mas nenhum protocolo seria adequado ao momento.


A Federação pretendia, com a volta dos jogos no dia 26 de julho, encerrar a competição sem alterar sua fórmula e mantendo todas as datas previstas no arbitral, cumprindo as rodadas finais da fase de classificação e os mata-matas, com semifinal e final.

Para atender as exigências sanitárias, a FMF propôs ter uma sede única para os jogos, que não teriam público. Todos os duelos seriam disputados em Varginha, no Sul do Estado.

O campeonato está parado desde o dia 16 de março, na nona rodada. Faltando duas para o encerramento da fase de classificação, ainda tem de se definir os classificados às semifinais, times que jogarão a Série D de 2021 e os rebaixados.