Aqui é Galo

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

DNA Alvinegro: o novo projeto para as categorias de base do Atlético-MG

Prioritáridade por Sérgio Sette Câmara, o projeto foi arquitetado pelo diretor da base, Júnior Chávare, e traz conceito de se investir nas características individuais de cada atleta<br>

O Galo quer ter um DNA próprio em suas categorias de base- (Divulgação/Atlético-MG)
Escrito por

Um dos clubes que mais se preocupou com o bem estar dos atletas das categorias de base desde a suspensão das atividades em razão da pandemia, em meados de março, o Atlético-MG não ficou 'parado' no tempo e aproveitou o período sem competições para estabelecer as diretrizes de seu novo projeto: o DNA Alvinegro.

Respaldado e encarado como prioritário pelo presidente Sérgio Sette Câmara, ele desenvolve e trabalha com mais intensidade a característica de cada jogador, seja ele do sub-14 ao sub-20, com atenção minuciosa não apenas nas questões técnicas, táticas e físicas, mas também em outras áreas que fazem parte da montagem do perfil e crescimento desses profissionais, como o lado social, psicológico, nutricional e fisiológico.

-Acho que o futuro de qualquer clube de futebol começa pela base. O Atlético-MG tem um DNA para isso e eu sou um grande entusiasta e incentivador deste projeto. Temos uma das principais estruturas da América Latina e um potencial enorme para revelar e formar grandes profissionais, por isso vemos esse projeto como investimento. Temos conversado sobre isso desde meados do ano passado e agora chegou o momento de colocarmos em prática tudo aquilo que foi planejado e debatido com muito esforço e dedicação dos envolvidos- explica o presidente Sérgio Sette Câmara.

O projeto foi desenvolvido pelo diretor executivo da base do clube, Júnior Chávare, inspirado em modelos que deram muito certo em Grêmio e São Paulo, clubes em que o dirigente esteve presente antes de assumir o Galo.

-As pessoas podem afirmar: mas todos os clubes já fazem isso. Na prática, não é bem assim o que acontece. O DNA Alvinegro busca de fato resgatar as origens e aquilo que o atleta tem de melhor, com um acompanhamento mais preciso e individualizado de suas valências. Seguimos protocolos e metodologias das mais diferentes áreas do clube justamente para extrair o melhor de cada profissional. É um investimento que vai ter frutos a médio e longo prazo-destaca.

Na prática, o DNA Alvinegro tem como principal objetivo fortalecer principalmente o crescimento técnico e tático dos atletas por meio dos treinos de fundamentos, com profissionais específicos e preparados para isso. Um exemplo: os laterais trabalham com treinos específicos para laterais, os zagueiros para zagueiros, os volantes para volantes, meias com meias, atacantes com atacantes.

Chávare deu a coordenação do projeto a Thiago Rebello, professor que já atuou em projetos semelhantes em outros clubes e é especialista nesta área. Outros dois nomes de peso formam o time: Everton Nogueira, ídolo da década de 80 do Galo com 198 jogos e 92 gols, e Reinaldo, o 'Rei', considerado um dos maiores atacantes clube e principal artilheiro da história do clube.

Conceitualmente, o dirigente entende que a repetição deste conceito de trabalho vai surtir efeito em poucos meses dentro de campo, pois a repetição e o estudo do que foi feito após os treinamentos levarão os jogadores a esse entendimento. Outro detalhe contado por Chávare é que algumas técnicas de futsal serão aplicadas em determinadas categorias.

-Obviamente que não podemos dar detalhes, isso vai ser visto na prática. Mas esse projeto está inserido de duas a três vezes por semana com cada categoria, com a repetição de dribles, chutes, todos os fundamentos possíveis, além das questões táticas, técnicas e físicas, colocando como principal meta o desenvolvimento do atleta como um todo-aponta Chávare.

Reinaldo, ídolo atleticano e um dos principais atacantes do futebol nacional, brinca com a situação e afirma que o que o Galo vem fazendo seria inimaginável nos seus tempos de atleta.

-Se eu ou qualquer jogador da minha época tivesse tido esse tipo de treino, com acompanhamento nos fundamentos e toda a parte técnica e tática, além do fora de campo, com certeza nossas habilidades seriam muito melhores. O DNA Alvinegro envolve todo o desenvolvimento dos garotos e não tenho dúvida que a resposta será gratificante num curto espaço de tempo- detalha.

Galo deu exemplo durante a pandemia

Desde a primeira semana de paralisação das atividades, o Atlético-MG se preocupou em levar paz e bem estar aos atletas de todas as suas categorias. Tanto é verdade que o clube conseguiu enviar para casa, em 72 horas, quase 100 atletas de 12 diferentes estados, com um detalhe: tudo pago, fato este que nem toda agremiação consegue fazer.

Além disso, quando poucos sabiam ainda o que iria acontecer e quanto tempo iria durar - hoje já estamos próximos de 120 dias de quarentena, o Atlético-MG largou na frente e montou um planejamento monitorado de atividades físicas, técnicas e até sociais, com reuniões online semanais envolvendo tudo e todos: treinadores, preparadores físicos, coordenação, assistente social, pedagogia e psicologia, coordenador técnico, coordenador mercadológico, além da própria direção.

Desde o início, os atletas da base que iam do sub-14 ao sub-20 tinham um compromisso de pelo menos quatro horas por dia de treinamentos, seguindo à risca um calendário de atividades e prestando contas aos profissionais de cada período de treino do dia, seja ele com a comissão técnica ou com a parte pedagógica.

-Nos preocupamos muito desde o começo com essa questão social e psicológica, pois a vida mudou de repente para cada um de nós e sabíamos que esses meninos poderiam precisar de um acompanhamento, que foi o que aconteceu-disse Chávare.

Agora com a iminente volta das competições, prevista até então para setembro, o dirigente olha para trás e vê satisfação com o que foi feito.
-Nada disso teria acontecido se não tivéssemos o respaldo do nosso presidente Sette Câmara, do nosso diretor profissional Alexandre Mattos, dos colaboradores do nosso departamento e de todos os profissionais que dão o sangue pelo clube. Um depende do outro para a roda girar e acho que até então procuramos fazer as coisas da forma correta, me deixou muito orgulhoso a maneira como tudo foi planejado e executado-completou o dirigente.