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Dívida do Atlético-MG já supera R$ 1,7 bilhão e pode ser a maior do continente

Clube mineiro tem incremento nos débitos, gerando preocupação na torcida e direção

Arena MRV, recém inaugurada, é esperança de atrair investidores (Foto: Filipe Sodré/Valinor Conteúdo)
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O Atlético-MG está cada vez mais endividado e pode ser o maior devedor da América do Sul. O clube mineiro está perto dos R$ 2 bilhões em débitos e os compromissos com os credores aumentaram em 2022. Além das dívidas trabalhistas, fiscais, com bancos e credores, a construção da Arena MRV também onerou muito os cofres do Galo.

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O montante preocupa, pois em maio de 2022, o Atlético tinha débitos na casa de R$ 1,3 bilhão, segundo o próprio clube no evento que destrinchou o balanço financeiro do ano anterior, o “Galo Business Day”.

A Arena MRV, orçada inicialmente em pouco mais de R$ 500 milhões, teve um acréscimo de valor que gerou a necessidade do clube e seus parceiros de colocarem mais de R$ 400 milhões para concluir a obra, inaugurada este ano, mas que só receberá jogos a partir de agosto.

O CEO, Bruno Muzzi, e o diretor financeiro, Paulo Braz, vão falar ainda nesta quarta-feira com mais detalhes sobre o endividamento, mas dificilmente terão novidades extras, já que os dados e a situação periclitante das finanças alvinegras é de conhecimento do torcedor, que está tenso com a situação.

Esse cenário financeiro pode atrapalhar a criação da SAF do Galo e atrair algum investidor que assuma o futebol do clube, pague a dívida e ainda invista para manter o elenco forte.

O modelo de negócios que está pensado neste momento é o investidor comprar 51% das ações da SAF e os 4 R's, mecenas atleticanos, converteriam suas dívidas em capital, ficando com 15%, enquanto os 34% restantes permaneceriam com a associação atleticana. Em um movimento pouco falado, a SAF pode ser oferecida a investidores nacionais.

Entenda o perfil da dívida do Galo

- 38% - onerosa: provenientes especialmente de dívidas bancárias e obrigações trabalhistas e sociais;
- 36% - não onerosa: oriundas do empréstimos dos apoiadores e investimento em atletas;
- 21% - profut/parcelamento de impostos: programas de refinanciamento de dívidas fiscais;
- 5% - receitas antecipadas: referem-se, principalmente, à antecipação de receitas de patrocínios a partir das renegociação da dívidas com a Família Guimarães.

Negócio ruim do shopping

A venda do DiamondMall, em Belo Horizonte, não ocorreu como o previsto e impactou diretamente no aumento de vários débitos. O Galo acertou com a Multiplan a venda dos  49,9% restantes que o clube tinha direito por R$ 340 milhões. Esse dinheiro seria para quitar as dívidas que tem juros mais altos.

Entretanto, a Multiplan desistiu do negócio em cima da hora e depois fez nova proposta, de R$ 170 milhões por 24,95% do shopping. Sem esse dinheiro entrando rapidamente no caixa, não houve tempo hábil para evitar que alguns débitos crescessem e onerasse ainda mais o endividamento de curto prazo.