Longos 11 anos se passaram desde a última vez em que o continente esteve com as cores preto e branco das Minas Gerais. 2013 a glória eterna, o título inédito do Atlético na Libertadores, orquestrada, ou melhor, enfeitiçada pelo bruxo alvinegro, Ronaldinho Gaúcho. E no ano seguinte, 2014, veio a Recopa, mais um capítulo daquela era mágica atleticana.
No próximo sábado (22), o Galo quer mostrar o canto alto novamente para toda a América, por outra competição, a Sul-Americana, mas com o mesmo desejo obsessivo de conquista. O adversário da vez, aquele mesmo da Recopa, o Lanús, novamente os argentinos grenás no caminho. O que a massa atleticana espera, claro, que assim como o adversário, o resultado seja igual aquele de uma década atrás.
➡️ Tudo sobre o Galo agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Atlético-MG
Libertadores do Atlético 2013
A Libertadores conquistada pelo Atlético em 2013 é um daqueles títulos que estão presentes em livros de futebol como um dos mais incríveis da história. Marcada por viradas épicas, milagres inacreditáveis, e resultados que até hoje são difíceis de explicar.
Fase de Grupos
Arsenal de Sarandí (ARG), The Strongest (BOL) e o tricampeão da Liberta, São Paulo, esses foram os adversários que o Galo passou por cima no grupo 3 da competição. Melhor campanha, primeiro geral, já seria aí um sinal de que o lutaria pelo título?
O Atlético fez 15 pontos, venceu cinco e perdeu apenas uma partida, para o tricolor paulista quando já estava classificado e com o primeiro geral assegurado, ou seja apenas um treino para partir rumo às oitavas.
Oitavas de Final
Quis o destino, ou melhor, o regulamento da competição que o Atlético enfrentasse novamente o São Paulo. O Galo com a melhor campanha pegou o de pior campanha, justamente o tricolor, que classificou com apenas sete pontos.
No jogo da ida, o temido Morumbi. Medo? Que nada, o Atlético se impôs e saiu com a vitória por 2 a 1. Era só decidir em casa e marchar rumo a próxima fase.
Na volta, o ditado "Caiu no horto tá morto" se mostrou verdadeiro. 4 a 1 fora o baile, com direito a hat trick de Jô e olé no Independência.
Quartas de Final
Nessa fase, o mexicano Tijuana. Uma viagem de quase 24 horas percorrendo 10.000 km para enfrentar a equipe do extremo norte do país, fronteira com os Estados Unidos.
A logística complicada e o gramado sintético do Estádio Caliente quase provocaram a derrota do Galo. No entanto, um gol de Luan, o menino maluquinho, aos 46 do segundo tempo deixou tudo igual no placar, 2 a 2.
Na volta o pânico tomou conta do Independência, máscaras para amedrontar os mexicanos foram usadas pela torcida do Galo. Mas esse pânico quem sofreu foi justamente os atleticanos.
Um jogo amarrado e difícil, empatado por 1 a 1 iria dando a classificação para o Atlético, devido ao critério do maior número de gols marcados fora de casa. Mas a ida para a semifinal só veio após o momento mais lembrado de toda a campanha do título: o milagre de São Victor.
Um pênalti foi marcado aos 46 minutos para o Tijuana. Riascos bateu e o goleiro Victor com os pés defendeu. Milagre, incrível, foi ali a canonização para São Victor, do Horto.
Semifinal
Newell's Old Boys, os hermanos estavam no caminho do Galo. O Atlético sentiu de verdade o que é jogar contra equipes argentinas. No jogo de ida, em rosário, o Estádio Marcelo Bielsa estava um verdadeiro caldeirão. A equipe mineira não soube se comportar com tanta pressão e saiu derrotada por 2 a 0.
A tensão tomava conta do jogo de volta no Independência, mas o Atlético conseguiu empatar o confronto e levar a decisão para os pênaltis. Aí, aqueles que acreditam ou não, se curvaram ao santo, Victor novamente apareceu e levou o Galo à grande final.
Final
O adversário da final foi o Olímpia, equipe paraguaia tricampeã da Libertadores. E mais uma vez o Galo sofreu sofreu na ida, saiu derrotado novamente por 2 a 0, igual nas semis. Restava ao time contar com a massa atleticana no jogo de volta.
O palco mudou, dessa vez o Mineirão, maior, para receber mais de 60 mil atleticanos que empurraram o Galo os 90 minutos. O gol para igualar o agregado só foi sair aos 41 do segundo tempo, com Leonardo Silva, outro milagre. Novamente as penalidades, e novamente ele, Victor, o santo atleticano. É campeão, o tão esperado grito explodiu no gigante da Pampulha.
Recopa Sul-Americana 2014
Após vencer a Libertadores em 2013 o Atlético disputou a Recopa contra o Lanús, vencedor da Sul-Americana do mesmo ano. O campeão foi conhecido em dois jogos, ida na Argentina, e volta em Belo Horizonte no início de 2014.
Na ida em La Fortaleza, O Galo não se intimidou com a pressão argentina e e venceu por 1 a 0 com gol de Diego Tardelli. Era só confirmar a taça no Mineirão na volta, mas não foi tão simples assim.
No Mineirão, o Lanús foi buscar o resultado em um jogo muito movimentado e cheio de gols. A equipe argentina venceu por 3 a 2 no tempo normal mas não resistiu à prorrogação. O Galo fez dois gols e virou para 4 a 3, ficando com o título da competição e se colocando como rei da América.
Final Sul-Americana 2025
Após 11 anos, Atlético e Lanús se reencontram em uma final continental, mas dessa vez pela decisão da Copa Sul-Americana. O Galo busca seu primeiro título da competição, já o Granate tem um troféu, conquistado em 2013.
As equipes se enfrentam no próximo sábado (22) às 17h. O palco da final é o Estádio Defensores del Chaco em Assunção, na capital do Paraguai.
