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Técnico brasileiro animado com nova liga americana de vôlei

Vinicius Petrunko mostra pontos positivos com a criação da liga feminina

Brasileiro trabalha com jovens (Arquivo pessoal)
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O técnico brasileiro Vinicius Petrunko vê de perto a transformação do vôlei americano. Depois de trabalhar vários anos na comissão técnica de Bernardinho, ele atualmente mora e trabalha no Estados Unidos, acompanhando todo o processo da criação da nova liga profissional feminina do país. Para a temporada de estreia, a bicampeã olímpica Sheilla será uma das estrelas da competição, prevista para começar em fevereiro de 2021.

Segundo dados oficiais, o vôlei feminino é o segundo esporte mais praticado no High School, atingindo uma quantidade enorme de meninas.

– Vejo como um passo muito importante para o voleibol continuar crescendo aqui nos EUA, principalmente pela oportunidade de as jogadoras continuarem praticando o voleibol em alto nível após o college. O formato diferenciado, onde as jogadores competirão entre si e não por times, é justificado pela questão dos fãs se identificarem muitas vezes com uma jogadora e não em si com a equipe. Achei bastante interessante e vejo que muitas vezes isso ocorre também no Brasil, quando os fãs não torcem para um time mas torcem pela jogadora ou vice-versa. Ainda que como um evento pontual acredito que esse possa ser um passo importante para a profissionalização do vôlei e a conquista em espaços de TV – comentou o treinador brasileiro.

Vinicius trabalha atualmente no Attack Volleyball Club, que fica na cidade de Lewisville, região de Dallas. Ele comanda clínicas que o clube oferece aos atletas para o desenvolvimento/aperfeiçoamento dos fundamentos. Ele também iniciou um trabalho de desenvolvimento do mini vôlei, uma metodologia criada por ele no Brasil, com meninas de 8 a 10 anos.

Ele vê fatores relevantes no modelo universitário americano que poderiam ser aproveitados pelo Brasil.

– Na minha opinião essa é a maior falha no voleibol brasileiro, pois o vôlei universitário no Brasil é praticamente inexistente e esse “gap” entre as meninas(os) de 16/17 anos, quando estão acabando o ensino médio, caminhando para o voleibol profissional, é muito grande. Como a maioria dos clubes não consegue sustentar essas equipes até as idades mais velhas e não há muitas competições para essas idades, muitos atletas optam por encerrar a carreira e se dedicar aos estudos ou até mesmo ao trabalho, pois o funil é muito grande. Se tivéssemos um voleibol universitário mais qualificado, mais competitivo e organizado, esses atletas teriam um motivo maior para continuar praticando o esporte e mais tarde quem sabe chegar ao profissional. O que estimula tantas atletas aqui nos EUA competirem por seus clubes e escola até o final do High school, com 16/17 anos? A possibilidade de conseguirem um bolsa na faculdade – analisou Vinicius.

Nos Estados Unidos, o esporte estudantil acontece através de Ligas: são três as principais ligas NCAA, com 3 divisões, NAIA e NJCAA, que são independentes e não dependem do governo e ou das “federações”.

– É claro que elas são criadas para gerar lucro. O Brasil poderia tentar adotar um modelo similar, mas para isso as federações/confederação teriam que aceitar essa condições e os criadores da liga encontrarem patrocinadores para não dependerem de verbas públicas.