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Superliga Feminina dá largada com quase 60% dos times em São Paulo

Estado centraliza 7 equipes, e regiões formadoras seguem à margem no mapa do torneio

Vôlei Nestlé e Sesi são os paulistas mais cotados para o título da Superliga (Foto: João Pires/Fotojump)
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Com campeãs olímpicas e estrangeiras de destaque, não faltam motivos para os amantes do vôlei celebrarem o início da Superliga Feminina, que dá largada nesta segunda-feira para a edição 2015/2016. Mas uma análise do mapa da maior campeonato de clubes do país revela uma situação preocupante na avaliação de especialistas e ainda longe de ser superada.

O torneio terá equipes  de cinco unidades federativas: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Distrito Federal. Dos 12 participantes, sete são paulistas, o que corresponde a quase 60% do total. A concentração aumentou em relação ao ano passado com a saída do Maranhão Vôlei/Cemar, rebaixado à divisão de acesso. Na ocasião, 53% eram do estado.

Atual tricampeão, o Rexona-Ades é o único representante carioca. No Sul, o Rio do Sul/Equibrasil (SC) aparece isolado, assim como o Terracap/Brasília Vôlei (DF) no Centro-Oeste. Minas Gerais conta com Camponesa/Minas e Dentil/Praia Clube. Já São Paulo rouba a cena: Vôlei Nestlé, Sesi-SP, Pinheiros, São Cristóvão Saúde/São Caetano, São Bernardo, Concilig Vôlei Bauru e Renata Valinhos/Country.

O cenário não é novidade, uma vez que a região Sudeste, sobretudo São Paulo, centraliza alguns dos principais clubes formadores do país. O poder econômico ajuda. Com maior competitividade interna, as equipes paulistas chegam à Superliga com mais ritmo de jogo do que os rivais das outras regiões.

– Os torneios de base de São Paulo são interessantes, e lá os clubes da Superliga investem na base, como Sesi-SP, Pinheiros, São Caetano e nós. Sem contar que é um grande centro econômico – avaliou o técnico Luizomar de Moura, do Vôlei Nestlé.

De volta à Superliga após um ano de ausência, o técnico Paulo Coco, do Camponesa/Minas e assistente de José Roberto Guimarães na Seleção Brasileira, vê com preocupação a falta de uma melhor distribuição de equipes. Na visão do treinador, é preciso integrar os clubes ao cenário nacional desde a base. O Minas conta atualmente com um “time B” na divisão de acesso à elite, como forma de dar rodagem às atletas jovens.

– Para o bem do vôlei brasileiro, seria importante que houvesse uma distribuição melhor, que atingisse um público maior. Sentimos falta de uma equipe no Nordeste e de mais times no Sul, que é um celeiro importante de novos talentos – afirmou.

Dentre as atrações da Superliga Feminina reveladas fora dos grandes centros, estão nomes como Jaqueline, do Sesi-SP (Recife), Dani Lins, do Nestlé (Recife), Rosamaria, do Minas (Nova Trento-SC) e Natália, do Rexona (Ponta Grossa-RS).

Até hoje, só dois times do Nordeste disputaram a Superliga: Sport e Maranhão, sempre no naipe feminino. O primeiro foi desativado em 2010, devido à falta de patrocínio. O segundo quase seguiu o mesmo caminho, mas ainda sonha em retornar à divisão principal.

Rosamaria (à esq.) saiu do Sul para o Sudeste. Hoje defende o Camponesa/Minas (Foto: Divulgação)


Brasília encara novato na elite


O Terracap/Brasília Vôlei encara hoje o estreante Renata Valinhos/Country, às 20h (de Brasília), no Sesi Taguatinga, no jogo de abertura da Superliga Feminina, válido pela 11 rodada.

O time paulista se classificou à elite com o título da seletiva nacional. A equipe do Distrito Federal foi sétima colocada na edição passada.

– Vamos dar experiência para as jogadoras e crescer como grupo – disse o técnico André Rosendo, do Valinhos.

Com a palavra

Desenvolver a base dos clubes é o caminho

Paulo Coco
Técnico do Camponesa/Minas

A situação econômica do país está muito difícil, e nós vivemos do modelo de patrocínio. A captação de recursos é complicada. Precisamos estruturar uma base melhor, com mais campeonatos brasileiros. Temos o exemplo do basquete, com uma liga de desenvolvimento. Em vez de inserirmos jogadores nas equipes adultas, por que não fomentar um brasileiro de clubes de base a nível nacional? É algo para a CBV analisar.

Nessas categorias, vemos uma quantidade elevada de atletas do Sul, mas não um grande número de equipes da região na Superliga. Precisamos pensar o vôlei de uma maneira diferente, chegar a um maior número de praticantes e de campeonatos nacionais, que se enfraqueceram ao longo do tempo.

Na base, as jogadoras sempre representam seus estados, suas federações. Por que não representar os seus clubes?

Os destaques

Rexona-Ades
O atual campeão manteve a base e trouxe a levantadora Courtney Thompson (EUA).

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Vôlei Nestlé
Atual vice, a equipe aposta na oposto belga Lise Van Hecke e na ponta Kenia Carcaces (CUB).

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Sesi-SP
Manteve a central Fabiana e trouxe a ponta Jaqueline.

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Camponesa/Minas
O técnico Paulo Coco terá como pilares a oposto Tandara e a ponta Mari Paraíba.

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Dentil/Praia Clube Aposta no embalo da oposto cubana Ramirez e da ponta americana Alix, além da central campeã olímpica Walewska.

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Pinheiros
O atual campeão da Copa Brasil tem a oposto Paula, campeã mundial sub-23, a ponta Clarisse e a central Letícia.
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Terracap/Brasília
Liderado pela campeã olímpica Paula Pequeno, terá Macris, melhor levantadora das últimas duas edições da Superliga.
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São Caetano
O atual vice-campeão paulista tem como destaques as ponteiras Thaisinha e Ciça.

Apesar da força de São Paulo, Rexona-Ades é o maior vencedor da Superliga. A equipe carioca buscará o 11º título (Foto: Divulgação)