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Carol supera corte, mira taça e não descarta volta de Fabiana à Seleção

Em busca do quarto título da Superliga pelo Rexona, central diz ter esquecido frustração da lesão antes da Rio-2016 e põe em dúvida saída de veterana, mas garante que está na briga

Carol em ação na vitória do Rexona sobre Vôlei Nestlé pelo returno da Superliga (Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)
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Se a Olimpíada é o auge da preparação do atleta, Carol viu todo o roteiro desenhado durante quatro anos ser rasgado pelo destino. Uma torção no tornozelo esquerdo durante um treinamento a tirou da disputa por vaga na Rio-2016. Mas a central do Rexona-Sesc está disposta a voltar ao radar do técnico José Roberto Guimarães.

No momento, o foco é o clube carioca, que nesta sexta-feira enfrenta o Dentil/Praia Clube, às 21h30, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, no encerramento da primeira fase da Superliga feminina de vôlei. É no torneio nacional que ela busca recuperar o embalo para recomeçar.

– É chato, porque aconteceu uma lesão. Travei as costas primeiro e, quando voltei, torci o pé. Isto me deixou um nível abaixo das meninas que brigavam pela vaga. Você fica triste, frustrada por não conseguir dar o melhor. Você não pode lutar contra – afirmou Carol, ao LANCE!.

A atleta diz ter superado o episódio e garante não ter mais dores. O convívio com as atletas e comissão técnica da Seleção, que acabou eliminada pela China nas quartas de final no Rio, foi o maior aprendizado.

– Bola para frente. Trabalhar entre as melhores do mundo já é muito gratificante. Você aprende a cada dia com o Zé, a equipe técnica e as meninas. É prazeroso respirar aquele ambiente. Aprendi a manter o foco. Tenho de buscar meu espaço – disse.

Aos 25 anos, a mineira não acredita que terá vida fácil para conquistar espaço no novo ciclo. Até porque a aposentadoria de Fabiana, sua rival no duelo desta sexta, pode ser revista. Assim como a oposto Sheilla, a veterana anunciou que não pretende mais defender a Seleção. Mas, entre as jogadoras, a conversa é outra.

– Minha briga na Seleção é clara. O Zé sempre falou isso. A preparação para uma vaga começou lá atrás, quando a última bola caiu no Rio. O atleta pensa em correr atrás e dar seu melhor. Se ocorrer a oportunidade, quero aproveitá-la. A Fabi saiu, mas não é uma certeza muito grande que não voltará. Independentemente disso, quero estar bem. Se ele achar que eu posso ajudar, ficarei feliz – falou a mineira.

Do grupo que disputou os Jogos do Rio, Juciely, de 36 anos, é menos cotada entre as centrais para o novo ciclo devido à idade. Titular com Fabiana, Thaisa tem 29 e deve se manter na disputa. O mesmo vale para Adenízia, de 30.

"Se ocorrer a oportunidade, quero aproveitá-la. A Fabi saiu, mas não é uma certeza muito grande que não voltará. Independentemente disso, quero estar bem. Se ele achar que eu posso ajudar, ficarei feliz", Carol, sobre a Seleção Brasileira

Melhor bloqueadora da última Superliga, Carol aparece na sexta colocação nesta temporada até o momento, com 50 pontos e 32,25% de aproveitamento, Ela também se destaca como décima melhor sacadora, com 17 pontos.

O Rexona lidera a Superliga, com 59 pontos. O Praia está em segundo, com 49, um a mais que o Vôlei Nestlé, terceiro colocado.

Final de ano ‘triste’ para Bernardinho

Enquanto Carol se despedia da Seleção contra a vontade por causa da lesão no tornozelo esquerdo que a tirou da disputa por uma vaga olímpica, Bernardinho sofria com a incerteza de seu futuro no comando do time masculino do país. Ao fim da Rio-2016, ambos tentaram focar na temporada de clubes pelo Rexona. Mas o chefe “durão” não conseguiu esconder o abatimento.

Em setembro, o treinador retomou a rotina no time carioca e pediu para que suas jogadoras tentassem “esquecer os holofotes”. Elas fizeram o dever de casa e evitaram o assunto. Após ele confirmar a saída (seguirá próximo da Seleção, mas não como técnico), a central vê o técnico mais focado na Superliga.

– O início foi bem triste. Claro que uma pessoa como ele, louco, que ama fazer o que faz, sente. Nós percebemos isso. Mas hoje já está bem melhor, muito mais focado. Ele tenta não transparecer. Quer que não percamos o foco por uma situação particular sua. É um grande líder e sabe impor isto – contou Carol.

Flu e Pinheiros na fuga do líder

A última rodada do returno da Superliga feminina, nesta sexta-feira, definirá os confrontos das quartas de final. Uma das brigas envolve o Fluminense, sétimo colocado, e o Pinheiros, oitavo. Ambos já estão classificados, mas lutam para fugir do líder Rexona na próxima fase.

Com 30 pontos, o Tricolor enfrenta o Sesi-SP, às 21h30, no Hebraica. No mesmo horário, o Pinheiros, que tem 29, encara o Rio do Sul, em São Paulo. Quem fechar a rodada em sétimo se livra da “pedreira” Rexona e pega na próxima fase o segundo colocado, que hoje é o Praia.

Outros dois confrontos serão realizados nesta noite: São Cristóvão Saúde/São Caetano (9º) x Terracap/BRB/Brasília (6º), e Renata Valinhos/Country (12º) x Camponesa/Minas (5º). No sábado, o Vôlei Nestlé encara o Genter/Bauru (4º).

BATE-BOLA
Carol, central do Rexona-Sesc, ao LANCE!

‘É fundamental jogar na Arena’

LANCE!: Como está sendo a Superliga tendo que correr atrás das rodadas perdidas por infecção urinária?
Carol: É uma temporada diferente, né? Acho que atleta tem dessas fases. Queremos estar bem o tempo inteiro, mas, infelizmente, acabam ocorrendo imprevistos. Temos de trabalhar e fazer o máximo para ajudar a equipe. Para ser sincera, nunca penso só em mim. Essa é a característica do nosso time. É um grupo forte no coletivo. Eu trabalho para melhorar meu jogo, mas também para ajudar a minha equipe.

L!: Como você está fisicamente hoje para a reta decisiva da Superliga? O problema no tornozelo que te tirou da Olimpíada já está zerado?
C: Não, hoje, estou bem, graças a Deus. De todas as lesões. O atleta sempre tem alguma dor aqui e outra ali, né? Mas quando falamos que está doendo pouco é como se não estivesse doendo nada. Acostumamos com a dor. Mas estou bem, trabalhando no dia a dia. O campeonato é longo, e depois tem Mundial. É pensar para frente.

L!: O Rexona conseguiu usar o Parque Olímpico para clássicos e playoffs. Como é sair do Tijuca Tênis Clube em um momento tão importante?
C: Foi muito bom. Claro que o Tijuca é nosso caldeirão. As pessoas que são mais próximas de lá adoram o ginásio. Mas está sendo fundamenta jogar aqui, sobretudo por ser maior. Conseguimos agregar mais a torcida. Tem uma qualidade maior também. Estamos no caminho certo.