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Apesar da ‘crise’ no Brasil, Superliga começa com legião de estrangeiros

Mesmo com os impactos da alta do dólar, atletas de fora veem o país como terra de oportunidades. Temporada 2015/2016 terá seis ‘gringos’ a mais do que a edição passada

Yandrin Escobar e Alix Klineman são alguns dos estrangeiros da Superliga 2015/2016 (Fotos: Divulgação)
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* Publicado em 11/11/2015 às 8h05

Cada vez mais “internacional”, a Superliga não deixou a tendência de lado mesmo em meio ao cenário econômico desfavorável do Brasil. O torneio, que começa neste sábado para os homens com o duelo entre Brasil Kirin e Copel Telecom Maringá Vôlei, às 13h (de Brasília), em Campinas (SP), contará com 19 estrangeiros, seis a mais do que a edição passada.

A disputa masculina terá representantes de Cuba, Argentina, Sérvia, Romênia e até Japão. Na feminina, também há cubanas, argentinas e americanas, além de uma belga (confira todos os nomes abaixo).

Os sete cubanos da Superliga são uma atração à parte. Representam 37% dos estrangeiros da lista. Dentre eles, há quem considere o campeonato brasileiro o melhor do mundo. É o caso do oposto Yadrian Escobar, do Minas, maior pontuador da última temporada, com 433 acertos.

"Tive de mudar um pouco o valor do meu contrato, mas não vim ao Brasil por dinheiro. Tinha em mente que precisava melhorar o meu jogo" - Alix Klineman, ponteira do Dentil/Praia Clube

– Eu não tinha muita experiência antes. Só havia jogado em Cuba, e aqui a liga é a melhor do mundo. Há muitos cubanos. Não me preocupei com a economia – disse o atleta, que em seu segundo ano no país curte a piscina do Minas nas horas vagas.

Para não serem afetados pelas oscilações do real frente ao dólar, alguns times fixaram os contratos na moeda nacional. Outros se anteciparam à alta da moeda americana no período de negociações e estabeleceram salários em um patamar adequado à realidade financeira de seus cofres. 

Com isso, atletas tiveram de abrir mão de uma parcela considerável do que estavam acostumados, como a levantadora Courtney Thompson, do Rexona-Ades, e a ponteira Alix Klineman, do Dentil/Praia Clube, ambas americanas.

– Tive de mudar um pouco o valor do meu contrato, mas não vim ao Brasil por dinheiro. Tinha em mente que precisava melhorar o meu jogo. Estou em uma equipe grande, e meu trabalho é jogar – afirmou Alix.

Embora significativa, a quantidade de estrangeiros poderia ter sido ainda maior. Isso se fosse simples convencer um astro a abrir mão de suas cifras habituais... Em meio à crise política no São Paulo e à alta do dólar, o Funvic/Taubaté perdeu o oposto canadense Gavin Schmitt.

Outro que ficou perto de aumentar a lista foi o ponteiro americano Philip Fuchs, que tem cidadania brasileira. O jogador assinou contrato com o Juiz de Fora, mas deixou a equipe a uma semana do início do torneio, alegando problemas pessoais.

E não são só atletas de fora do país que se aventuram. No torneio masculino, os técnicos argentinos Marcelo Mendez, do Sada Cruzeiro, e Horacio Dileo, do Maringá, já são figuras conhecidas e sabem o que motiva cada jogador que vem ao Brasil.

"O espetáculo vai ser muito bom, e a presença de alguns estrangeiros ajuda a elevar um pouco do nível" - Marcelo Mendez, técnico do Sada Cruzeiro

– Eles precisam atingir um nível alto para comprovar que foi acertado contratá-los – avaliou Dileo.

O Minas estreia neste sábado contra o São José dos Campos, às 14h (de Brasília), na Arena Minas

Na feminina, o jogo de abertura será entre Terracap/Brasília Vôlei e Renata Valinhos/Country, segunda-feira, às 20h, em Taguatinga (DF).

OS ‘GRINGOS’ DA SUPERLIGA

Lebes/Gedore/Canoas
Renovou com o oposto cubano Angel Dennis.

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Copel Telecom Maringá Vôlei
Contratou o ponteiro japonês Tatsuya Fukuzawa.
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Bento Vôlei/Isabela
Contratou o ponteiro argentino Lucas Ocampo
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Montes Claros
Contratou o central sérvio Milan Celic.

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Brasil Kirin
Contratou o ponteiro romeno Bogdan Olteanu e o levantador argentino Demián Gonzalez.

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Sada Cruzeiro
Renovou com os ponteiros Yoandy Leal (CUB) e Frederic Winters (CAN).

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Minas Tênis Clube
Manteve o oposto Yadrian Escobar e trouxe o ponteiro Raidel Delgado, ambos cubanos.
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Funvic/Taubaté
Contratou o oposto cubano Yadier Sanchéz.
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São José dos Campos
Contratou o ponteiro argentino Cristian Poglajen.
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Rexona-Ades
Trouxe a levantadora americana Courtney Thompson.

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Vôlei Nestlé
Manteve a ponteira cubana Kenia Carcaces e trouxe a oposto belga Lise Van Hecke

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Rio do Sul/Equibrasil
Manteve a central argentina Mimi Sosa e trouxe a líbero Tatiana Rizzo (ARG).

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Dentil/Praia Clube
Renovou com a oposto Daymi Ramirez (CUB) e trouxe a ponta Alix Klineman (EUA).


A SUPERLIGA 2015/2016

Masculina
Sada Cruzeiro, Sesi-SP, Funvic/Taubaté, Minas, Brasil Kirin, Copel Telecom Maringá, Lebes/Gedore/Canoas, Montes Claros, Juiz de Fora, Voleisul/Paquetá, São José dos Campos e Bento Vôlei/Isabela

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Feminina
Rexona-Ades, Vôlei Nestlé, Sesi, Camponesa/Minas, Dentil/Praia Clube, Pinheiros, Terracap/Brasília Vôlei, São Cristóvão/São Caetano, Rio do Sul/Equibrasil, São Bernardo, Concilig Vôlei/Bauru e Renata /Valinhos Country.

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Sistema de disputa
As 12 equipes se enfrentarão em turno e returno, e os oito melhores vão às quartas de final, em três jogos, como a semi. A decisão será em jogo, único em local a definir.

NÚMEROS

2

Estrangeiras da liga são medalhistas olímpicas: Courtney Thompson (prata-2012) e Daymi Ramirez (bronze-2004).

13

Equipes das 24 que disputam esta Superliga têm pelo menos um atleta estrangeiro no elenco.