Barreira do Gigante

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Entenda o que fizeram de diferente os times que caíram com o Vasco, mas subiram para a Série A

Dos quatro rebaixados na temporada 2020, apenas o Cruz-Maltino não conseguiu voltar à elite do futebol brasileiro. Setoristas analisaram as campanhas de Botafogo, Goiás e Coxa

O Vasco fez uma campanha frustrante e não entrou no G4 em uma rodada sequer (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
Escrito por

Em meio à pandemia, os clubes tiveram pouco tempo para planejarem seus elencos. Com isso, Vasco, Botafogo, Coritiba e Goiás, rebaixados na última temporada, conviveram de maneiras diferentes com a realidade da segunda divisão. Diante de uma competição bem disputada, apenas o Cruz-Maltino não conseguiu o acesso e fez uma campanha que frustrou a torcida, sem entrar no G4 em uma rodada sequer.

Ao longo do ano, o Vasco cometeu uma sucessão de erros, que culminaram no pior ano de sua história. Foram três treinadores diferentes (Marcelo Cabo, Lisca e Fernando Diniz), mas os mesmos problemas desde a estreia no Estadual. A equipe tem a terceira pior defesa, que sofreu com muitos problemas nas jogadas aérea, saídas de bola e contra-ataques.

+ Confira e simule a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro 

Outro ponto importante para compreender o fraco desempenho vascaíno são os erros na montagem do elenco. Em campo, o time jamais passou confiança para a torcida de que teria condições de voltar à elite do futebol brasileiro e isso se confirmou com quatro rodadas de antecedência. 

O LANCE! entrevistou os setoristas de Botafogo, Coritiba e Goiás, para compreender os problemas e soluções para as campanhas. E comparar, desta forma, com o que o Vasco apresentou ao longo do ano.

O Botafogo começou mal a Série B, mas conseguiu dar a volta por cima e conquistou o título no último domingo. Tem o melhor ataque da competição e divide a melhor defesa com o Goiás. O setorista do clube no LANCE!, Sergio Santana, falou sobre os pontos positivos e negativos da vitoriosa campanha do Glorioso na competição.

Sobe
- O que deu certo para o Botafogo foi reconhecer que as coisas estavam dando errado na metade da temporada. Eliminações precoces na Copa do Brasil e Campeonato Carioca, Marcelo Chamusca pressionado e torcida enfurecida. A diretoria reconheceu que o caminho seria negativo e mudou. Enderson chegou, claro. Mas mais importante foram os reforços: praticamente todo mundo que foi contratado pós-Estadual foi importante para o acesso. Chay, Oyama, Diego Gonçalves, Barreto, Carlinhos… todos com uma “pequena fatia” do bolo. O Botafogo reconheceu erros e não subestimou a dificuldade da Série B - analisou.

Desce
- Até pelas dificuldades financeiras do clube, o Botafogo fez contratos curtíssimos com muitos desses jogadores que se destacaram na temporada. Não há garantia de que uma base vai ficar para 2022 e isso inclui Navarro, artilheiro da equipe na temporada, por exemplo. As próximas semanas no que tange o fora de campo devem ser importantes - destacou.

Botafogo conquistou o título da Série B 2021 (Vítor Silva/Botafogo)

O Coritiba, por sua vez, fez uma campanha sólida sob a batuta do paraguaio Gustavo Morínigo. Os paranaenses só estiveram fora do G4 em quatro rodadas, têm o quarto melhor ataque e quarta melhor defesa do campeonato. O setorista do clube na Rádio Banda B, Daniel Piva, analisou a temporada do Coxa. 

Sobe
- O Coritiba passou por um verdadeiro teste de convicção no início da temporada, quando foi eliminado ainda na primeira fase do Campeonato Paranaense, a pior campanha dos últimos 30 anos. O fracasso no Estadual foi friamente analisado e o clube manteve o elenco e o técnico Gustavo Morínigo, apesar da insatisfação dos torcedores. Com a chegada do experiente zagueiro Henrique, o time ganhou corpo e alguns atletas cresceram de rendimento (Robinho, Waguininho e Igor Paixão) e a equipe embalou, com os gols de Léo Gamalho na frente e a liderança do capitão Willian Farías no meio - ressaltou.

Desce
- O time não teve, no Campeonato Brasileiro, grandes percalços. O maior deles foi nos bastidores, com a questão financeira (chegou a atrasar salário em alguns momentos) e teve a perda do presidente por Covid-19 em junho - pontuou o setorista. 

Coritiba estará de volta à Série A em 2022 (Divulgação / Coritiba)

O Goiás começou mal o ano, mas conseguiu se encontrar na competição ao reforçar seu elenco. O Esmeraldino só esteve fora do grupo dos cinco primeiros em três rodadas. Atualmente, tem o quinto melhor ataque e divide o melhor ataque com o Botafogo. O setorista Charlie Pereira, do Sistema Sagres, fez um resumo sobre a campanha dos goianos.

Sobe
- O Goiás caiu para a Série B e teve uma troca na administração. Assumiu o clube: Paulo Rogério Pinheiro, filho do Haile Pinheiro, grande nome da história do clube, que é presidente do Conselho. A partir das eliminações Goiano e Copa do Brasil), o Goiás viu que tinha que ir ao mercado. Contratou cerca de 18 jogadores, muitos antes do Brasileiro, depois vieram outros jogadores... O clube contratou o artilheiro do Carioca e o do Paulista. O Alef Manga foi o que deu certo. Mezenga perdeu a posição e foi contratado o Nicolas - recordou.

- O clube começou a temporada com a dupla de técnicos que foi rebaixada: Augusto César e Glauber Ramos. Como o time foi muito mal no Estadual, o Augusto foi demitido e só ficou o Glauber. Depois chegou o Pintado na reta final do Goiano, depois foi demitido, veio o Marcelo Cabo, que também foi demitido, e o Glauber Ramos voltou a assumir. Ambos foram demitidos com o Goiás no G4, mas eram trabalhos que a diretoria não sentia firmeza - analisou.

Desce
- O time teve que reduzir muito o quadro de funcionários devido à sua realidade financeira. O Goiás era um clube muito inchado. Uma estrutura administrativa muito grande Tudo isso passou por um enxugamento grande, muitos funcionários foram demitidos, teve que reduzir folha de pagamento e outras despesas. Conseguiu pagar os salários em dia, teve uma boa premiação, com a folha de pagamento em R$ 1 milhão e 300 mil em média. Agora é saber o que vai acontecer, quem vai deixar esse elenco e que treinador irá chegar - projetou Charlie.

Goiás foi o terceiro a subir (Karen Fontes / iShoot / Lancepress!)