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Da empolgação aos problemas físicos: a passagem de Thalles no Vasco

Em 2013, atacante surgiu na categoria profissional cercado de esperança, virou xodó mas conviveu com um dilema com a balança nos anos seguintes e alternou altos e baixos

Thalles marcou 36 gols pelo Vasco (Foto: Foto: Marcelos Sadio/Vasco.com.br)
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O futebol acordou de luto. Na manhã deste sábado, Thalles, atacante formado pelo Vasco e que emprestado para a Ponte Preta, se envolveu um acidente de moto em São Gonçalo, chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu e morreu. Diante do episódio cercado de tristeza, o próprio Cruz-Maltino e outros clubes brasileiros divulgaram mensagens de luto. 

Thalles chegou ao Vasco em 2006, ainda com 11 anos, para estudar no Colégio Vasco da Gama e ser aproveitado nas categorias de base da equipe de São Januário. Vascaíno de nascença, sempre demonstrou a paixão pelo clube e, por esta razão, se tornou um dos xodós da torcida desde o time sub-20. 

Fez sua estreia como profissional em 2013, em uma partida entre Vasco e Criciúma, no Estádio Heriberto Hulse, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, entrou já no fim da partida, em uma tentativa do treinador Dorival Júnior em empatar o placar, e não conseguiu produzir muita coisa. Aparecia realmente cerca de duas semanas depois, contra o Goiás, pela Copa do Brasil. Em partida realizada no Maracanã, Thalles, ainda com 18 anos, marcou dois gols e liderou a vitória do Cruz-Maltino por 3 a 2. 

Thalles comemora um dos gols que marcou contra o Goiás, pela Copa do Brasil (Foto: Marcelo Sadio/vasco.com.br)

Com festa, a torcida passou a depositar esperança em Thalles depois do triunfo sobre o Goiás, apesar do resultado não ter sido suficiente para a classificação do Vasco. Na ocasião, o atleta mostrou ser um atacante técnico: jogava fora da área, marcou um gol de longa distância com um chute colocado e mostrou bom posicionamento perto da meta adversária. 

O sucesso foi tão grande que Thalles chegou a ser convocado para a Seleção Olímpica para a disputa do Torneio de Toulon de 2014. Com a camisa nove da Canarinho, foi titular durante toda a competição e marcou dois gols, ajudando na conquista do título. Com atuações interessantes, o atacante voltaria ainda mais valorizado para o Vasco. Nessa mesma temporada, o atacante marcou dez gols com a camisa do Cruz-Maltino.

Na hora de dar o salto à frente, porém, Thalles conviveu com aquilo que seria seu calcanhar de aquiles durante o resto da carreira: a balança. Titular durante o início do Campeonato Carioca, o atacante sofreu com problemas de peso no restante da temporada e chegou a ser afastado por Jorginho, técnico da época, para recuperar a forma física. 

Thalles foi herói em 2016 (Foto: Alex Carvalho/AGIF/Lancepress!)

Apesar de não ter participado ativamente das partidas na reta final de 2015, o Vasco resolveu dar uma chance para Thalles na temporada seguinte. Em seu melhor ano pelo Cruz-Maltino, quando marcou 13 gols em 47 partidas, o atleta foi o herói do retorno da equipe para a primeira divisão do Brasileirão. O Vasco ainda não tinha acesso garantido na última rodada e jogava contra o Ceará, no Maracanã. Os visitantes abriram o placar no primeiro gol, mas Thalles balançou a rede em duas oportunidades, garantiu a vitória, tirou a camisa e extravasou: o clube de São Januário estava na Série A novamente. 

Mais uma vez, o atacante perdeu a oportunidade de dar um passo à frente. Durante a o final de 2016 e a pré-temporada de 2017, Thalles foi visto em bailes funks em São Gonçalo, seu bairro natal, e voltou a se reapresentar acima do peso. Com Milton Mendes, foi afastado da equipe profissional de novo. Por fim, marcou apenas seis gols nessa temporada, com um desempenho irregular.

Depois de duas chances e contínuos problemas com a questão física, o Vasco resolveu emprestar Thalles, abrindo mão de sua situação. Em 2018, foi cedido ao Albirex Niigata, do Japão, e seu último clube foi a Ponte Preta, onde jogou emprestado desde esse ano. Com apenas 24 anos, fica a sensação de que Thalles tinha potencial para marcar seu nome de uma forma menos polêmica e mais marcada por questões futebolísticas.