O Vasco não conseguiu balançar a rede em São Januário neste domingo (3) e perdeu pelo placar de 2 a 0 para o São Paulo pela 31ª rodada do Brasileirão. Após o jogo, em entrevista coletiva, o técnico Fernando Diniz deu sua visão sobre o que faltou ao Cruz-Maltino para não perder a ótima sequência de resultados positivos.
— A gente não jogou mal, principalmente no primeiro tempo. A gente foi extremamente dominante, mais até do que no jogo contra o Cruzeiro ou contra o Bahia. Faltou fazer o gol. Favoreceu nossa falta de concentração de ceder o escanteio e, depois, cometemos um pênalti. Se não o primeiro tempo ia ser 0 a 0. A gente voltou para o segundo tempo bem dominante, mas não conseguimos o gol. Faltou inspiração, estávamos marcando bem e jogando bem — disse Diniz.
➡️ Cuesta lamenta derrota do Vasco e sai em defesa do grupo: 'Não é alerta'
O tropeço em casa deixou algo a ser pensado pelo técnico do Vasco, que é como encarar os próximos jogos para alcançar o objetivo. A equipe cresceu, se aproximou, e lutar pior uma vaga na próxima Libertadores é realidade do projeto. Diniz foi direto sobre o tema.
— Obrigação, objetivo e sonho se misturam. Nosso objetivo, que é o sonho, é se classificar direto para a Libertadores, mas com essa derrota ficou difícil. Estamos a 10 pontos do Bahia. A pré-Libertaodres é mais real, mas não deixa possível se classificar direto, mas ficou bem mais difícil. Temos que tirar 10 pontos em 21 possíveis. Obrigação que a gente é fazer tudo que podemos fazer para ganhar os jogos. É o time correr. Hoje não faltou luta, faltaram outras coisas. Faltou um pouco de inspiração. Tivemos chances de fazer gols e não conseguimos. — destacou o técnico do Vasco.
Com 42 pontos, o Vasco terminou a rodada na nona colocação do Campeonato Brasileiro e voltará a campo na quarta-feira (5), no Nilton Santos, para o clássico com o Botafogo. Diniz projetou o confronto direto.
— O momento do Botafogo não é bom, mas é um time difícil. Jogar no Engenhão é sempre difícil. Campos do Palmeiras, do Athletico Paranaense (sintéticos) têm dinâmicas diferentes e o time do Botafogo é muito.
➡️ Tudo sobre o Gigante agora no WhatsApp. Siga o nosso canal Lance! Vasco
Veja outras respostas de Fernando Diniz, técnico do Vasco:
Convicções em substituições
— Ué? Vocês estão fazendo esse tipo de pergunta? Questionaram a vida inteira que demoro para mexer. A gente tinha equilíbrio, faltava ter mais alguém para chegar. O Matheus era essa pessoa, porque sabe jogar nas pontas e de 8. Hoje ele não entrou bem, mas foi bem em todos os jogos. A gente não estava jogando mal contra o Vitória, ele entrou em uma função parecida e a gente produziu mais. Às vezes acontece de entrar mal. Aquele setor ali conduz o time para chegar mais vezes. O Matheus França é um grande jogador, está chegando na melhor forma agora. A intenção era fazer o time ter mais um jogador para chegar, porque estávamos criando chances, mas não estávamos fazendo. Era ter um pouco mais, o Vegetti é um jogador finalizador, um cara acostumado a fazer gol. E o Matheus que é um meia-atacante, mas que sabe jogar de 8. Ele entrou comigo de 8 e tem entrado bem. O time foi cansando um pouco. A gente foi perdendo organização defensiva, a ficar mais distante para pressionar e ficando com menos chance de fazer o gol de empate e mais vulnerável para tomar o segundo.
Presença de Carlo Ancelotti em São Januário
— Acho que não é por causa do jogo de hoje que o Paulo Henrique e o Rayan vão ser convocados ou não. Acho que o Rayan tem que ser convocado por tudo que vem construindo. O Paulo Henrique menos ainda, ele já mostrou lá que tem condição de ser convocado. O Coutinho eu acho que fez um bom jogo tecnicamente. Foi muito lúcido. Saiu porque estava cansado. Conseguiu fazer as funções que tinha que fazer. Hoje faltou para a gente inspiração. Se você pegar o jogo contra o Cruzeiro, nós criamos muito menos do que hoje. O gol do Rayan por exemplo foi improvável de cruzamento de pé esquerdo do Paulo Henrique. Hoje não entrou nenhuma bola, teimou em não entrar. Às vezes acontece. Como aconteceu hoje. Acho que ninguém sentiu nada disso. O Paulo Henrique muito menos que já esteve lá. Já foi convocado, entrou bem contra a Coreia, depois foi titular contra o Japão e fez gol.
Briga na parte de cima
— Acho que a lição principal é a seguinte: a gente foi construindo, era difícil sair da situação incômoda em que estávamos. Apontamos o nariz para cima para subir. A gente precisa agora assumir que é esse momento, encarar para frente, que temos nosso objetivo de avançar na tabela de classificação e chegar na Libertadores.
