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Em carta, Alexandre Pássaro pede desculpas à torcida do Vasco após fracasso na Série B

Cruz-Maltino anunciou o desligamento do diretor executivo ao lado do técnico Fernando Diniz, na reformulação do Departamento de futebol para a próxima temporada

Alexandre Pássaro deixou o Vasco nesta quinta-feira ao lado de Fernando Diniz (Reprodução/Vasco TV)
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Após o fracasso na Série B, o Vasco anunciou a demissão de Alexandre Pássaro e Fernando Diniz, na noite desta quinta-feira, de seus respectivos cargos. O diretor publicou uma carta onde pediu desculpas aos torcedores. O profissional foi contratado no início da temporada para reestruturar o Departamento de futebol, porém os resultados em campo não foram satisfatórios, e o Cruz-Maltino não conseguiu o seu principal objetivo, que era conquistar o acesso. 


- A estruturação aconteceu, com muita luta e a muito custo, mesmo com as dificuldades que fazem parte do dia a dia do clube. O departamento agora é profissional, estruturado, com processos desenhados e enxuto. Com a transparência que me é característica, enviarei aos canais de comunicação os relatórios Operacionais e Administrativos do Departamento, apenas e tão somente para que tenham conhecimento - disse Pássaro, e emendou:

+ Confira e simule a tabela da série B do Campeonato Brasileiro 

- A segunda - e mais importante parte - que era o acesso à Série A fracassou e por isso faço meu sincero pedido de desculpas à torcida vascaína e a todos os envolvidos. Não há argumento, particularidade ou evento que justifique esse fracasso esportivo. Espero que, com a ajuda do caminho pavimentado no Departamento, o Vasco esteja na Série A de 2023 - completou

Ao longo da temporada, Alexandre Pássaro foi responsável pela contratação de 13 jogadores: Zeca, Vanderlei, Marquinhos Gabriel, Daniel Amorim, Michel, Romulo, Martín Sarrafiore, Morato, Léo Jabá, Ernando, Nene, Jhon Sánchez e Walber. No entanto, muitos deles não tiveram o rendimento esperado e foram criticados pela torcida. 

+ Nome, idade, posição e data final: veja até quando vão os contratos dos jogadores do Vasco

Em campo, até o momento, o Vasco disputou 56 partidas, com 21 vitórias, 15 empates, 20 derrotas, e o aproveitamento de 46%. Restando três jogos para o fim da temporada, o time marcou 69 gols e sofreu 70. A equipe ainda terá pela frente o Vila Nova, em Goiânia, o Remo, em São Januário, e o Londrina, no Estádio do Café. 


Confira a carta de Alexandre Pássaro na íntegra 

Com a definição final e matemática da impossibilidade de acesso do CR Vasco da Gama, venho por meio desta comunicar a decisão que já venho amadurecendo há algumas semanas. Tal decisão seria a mesma também em caso de acesso e quem está ao meu lado tem conhecimento deste fato.

Aceitei o convite do Presidente Jorge Salgado em dezembro, com a expectativa de um projeto de continuidade na Série A. Mesmo com o rebaixamento da equipe de 2020, segui no projeto para, em paralelo, estruturar o Departamento de Futebol do Vasco e devolver a equipe à Série A.

A estruturação aconteceu, com muita luta e a muito custo, mesmo com as dificuldades que fazem parte do dia a dia do clube. O departamento agora é profissional, estruturado, com processos desenhados e enxuto. Com a transparência que me é característica, enviarei aos canais de comunicação os relatórios Operacionais e Administrativos do Departamento, apenas e tão somente para que tenham conhecimento.

A segunda - e mais importante parte - que era o acesso à Série A fracassou e por isso faço meu sincero pedido de desculpas à torcida vascaína e a todos os envolvidos. Não há argumento, particularidade ou evento que justifique esse fracasso esportivo. Espero que, com a ajuda do caminho pavimentado no Departamento, o Vasco esteja na Série A de 2023.

Sou grato pelas manifestações que recebi de roupeiros, seguranças, médicos, preparadores físicos, demais funcionários, atletas e comissão técnica nos últimos dias, pedindo a minha permanência – essas pessoas de dentro são as que têm mais conhecimento de tudo o que fizemos aqui. Eu, por outro lado, tenho a autocrítica de projetar o futuro – em quaisquer dos cenários – e estar consciente da minha decisão.

Por isso, se por um lado tenho a consciência tranquila de quem agiu sempre pensando no melhor para o Vasco, estou extremamente triste e machucado pelo resultado esportivo final. Por esse motivo entendo que a minha saída é melhor para o Vasco, para o Presidente Salgado e para a própria estrutura consolidada.

O Presidente já sabia da minha decisão e eu gostaria de continuar até o final do campeonato, mas então, hoje, o clube entendeu que era hora de antecipar as decisões de 2022 e assim concordamos.

Jorge Salgado, a quem terei gratidão, respeito e admiração intermináveis, é NECESSÁRIO ao Vasco e vai colher todos os frutos que tem plantado, ainda que debaixo de muita chuva e pouco sol.

Saudações Vascaínas,
Alexandre Pássaro