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Campello expõe venda de Paulinho, vê tentativa de impeachment, fala sobre finanças, CNDs e patrocínio

Após contestações de Edmilson Valentim, presidente do Conselho Fiscal, presidente administrativo do Vasco veio a público e explicou o andamento de diversos assuntos

João Marcos Amorim, Alexandre Campello e Adriano Mendes na mesa da sala (Foto: Reprodução/Twitter)
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A vida política e financeira do Vasco teve mais um capítulo nesta quinta-feira. Entre o final da manhã e o início da tarde, o presidente do clube, Alexandre Campello, o vice-presidente de finanças, João Marcos Amorim, e o vice-presidente de controladoria, Adriano Mendes, apareceram na sala de imprensa de São Januário para, de acordo com Mendes, "conter danos à imagem do clube". A explanação dos dirigentes, acompanhados de quatro caixas repletas de documentos relativos ao fluxo de caixa da instituição, teve como principal  razão documentos que consideraram "vazados". Mas a ocasião foi além.

Nos últimos dias, o presidente do Conselho Fiscal do Vasco, Edmilson Valentim, pediu explicações sobre a venda do atacante Paulinho, em abril do ano passado. O site do Globo Esporte divulgou documentos da notificação extra-judicial e a diretoria comandada por Campello criticou a velocidade com a imprensa teria tido acesso, antes do clube. Durante a entrevista, afirmou também que os Conselhos Fiscal e Deliberativos estão cientes dos passos dados, e que a venda havia sido aprovada na época.

- O presidente (do Conselho Fiscal) fez uma ação extra-judicial, os demais membros ficaram sabendo depois, o presidente administrativo o Vasco recebe só dia 29. É estranho que assuntos dessa relevância sejam tratados assim, expondo o clube - lamentou Campello.

Para o presidente do clube, a ação é parte de um emaranhado jurídico interno que pretende dar início a um processo de impeachment contra ele. E não se diz surpreso caso tal processo tenha início. Já Edmilson Valentim pertence ao grupo político Identidade Vasco, liderado por Roberto Monteiro, hoje presidente do Conselho Deliberativo. O cargo lhe põe na linha sucessória da cadeira de mandatário do clube.

- Tenho certeza (que vão tentar impeachment). É o que se comenta e que está sendo construído. Toda vez que o presidente do Conselho Fiscal se levanta, fala em gestão temerária. Isso aqui é uma peça. Está em processo de construção. Quando ele fala em Coaf, acho que ele sugere que me afastem. Querem me afastar para ter isenção numa eventual investigação - ponderou.

Durante a entrevista, Campello detalhou números da venda de Paulinho. Explicou que o empresário Carlos Leite teve ganhos na venda por ser agente do jogador, por ter intermediado o negócio com o Bayer Leverkusen e por ser credor do clube cruz-maltino em empréstimos recém-tomados, na ocasião.

Outros temas foram tratados, como a tentativa de obtenção das Certidões Negativas de Débito, que permitiriam o recebimento de verbas públicas. Destas, a mais desejada é a de patrocínio da Caixa Econômica Federal. Apesar da reunião na Receita Federal na última quarta-feira, não foi dessa vez que o Vasco poderá receber o dinheiro.

- Tivemos uma reunião ontem com a Receita, cumprimos as obrigações. Pagamos a parcela e fomos para reunião. Lá, surgiu um resíduo de parcela que não aparecia no sistema antes. Pode até surgir outro resíduo adiante, mas coisa pequena - acredita Campello.

O presidente afirmou também que o clube "venceu" uma penhora de R$20 milhões. O tema, todavia, ainda vai longe.

- Era uma penhora oriunda de um contrato de recuperação fiscal com um escritório de advocacia. Na primeira instância, a juíza determinou a penhora, o que não é de praxe. Recorremos e isso está suspenso até que se julgue o mérito - afirmou o mandatário do clube, que informou também haver negociação em curso para um patrocínio master.

- Caminhamos em relação a isso. É uma negociação de alguns milhões, o que não é fácil - resumiu o dirigente.

Desde o fim do ano passado existe a expectativa da liberação da parcela de R$18 milhões de um empréstimo tomado. A liberação, que depende de acordo com a TV Globo - dona dos direitos de transmissão de jogos - ainda não ocorreu, efetivamente, o que aliviaria o fluxo de caixa do clube, que tem salários atrasados.

- Não saiu. Por isso estamos enfrentando dificuldades. A segunda parte do empréstimo impõe uma série de dificuldades. Estamos negociando com a TV, mas impacta nos recebíveis. É uma negociação profunda e, só depois, teremos anuência. Está próximo - prevê.