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Papo com Beto: lesionados, suspenso, seis com Covid. O Fla é um drama

Sob pressão, o técnico Dome vai ter de se virar para escalar o Mengo contra o Barcelona. A diretoria queria tanto a volta dos jogos e periga ver um time improvisado levar outra surra

Dome  esquentará a cabeça para escalar o Flamengo na terça-feira contra o Barcelona. Três dos seis que estão com Covid  são laterais. Quem ele improvisará na direita? (Reprodução / Dugout)
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Curioso que o clube que mais forçou a barra para a volta do futebol neste tempo de pandemia seja o mais profundamente afetado com infectados pela Covid.

Neste domingo, foi divulgado que seis jogadores do Flamengo deram positivo no exame realizado 72 horas antes da partida com o Barcelona de Guayaquil, decisiva às pretensões do Rubro-Negro na Libertadores-2020. Três titulares: Isla, Bruno Henrique e Filipe Luiz; Diego, que flutua entre os titulares e reservas; e dois do banco, Michael e Matheuzinho.


Some-se a isso o problema físico de Gabigol (dúvida para a partida), Gustavo Henrique suspenso e o goleiro Diego Alves que nem viajou. E o Mengo, de cara, tem nove desfalques para a partida.

Vamos ser realistas. Se esses seis estão infectados, qual a garantia de que não passaram (ou passarão) para mais alguns jogadores? Afinal, todos estavam juntos no ônibus que os levaram até o avião fretado que viajou até o Equador (Será que todos os procedimentos sanitários durante o voo foram 100% cumpridos? Nunca se sabe), realizaram treinos juntos, fizeram as refeições juntos, estão no mesmo hotel.

A única certeza é que vai ter jogo. A Conmebol liberou a inscrição de 50 atletas para cada time nesta Libertadores justamente imaginando situações como a do Flamengo. Logo, se os 20 que estão no Equador se infectaram, que o Mengo se vire e coloque 17 do elenco que ficou no Rio - seja jogador sub-23, sub-20 ou sub-17 - e vá para a partida com o Barcelona.

Claro que com um time tão desfalcado, o Rubro-Negro, mesmo enfrentando o time mais fraco do grupo, sai do status de levemente favorito para candidato a sofrer uma nova goleada. E aí se complicaria de vez na Libertadores. Mas esse risco a diretoria pagou para ver. Fez de tudo para os jogos voltarem. Achou que tinha um Royal Flush nas mãos e, quando deram as cartas, a sequência era 2-7 de naipes diferentes.

Só para lembrar: em Portugal, o Sporting teve seis jogadores infectados e o jogo com o Gil Vicente (com oito infectados), que seria no sábado passado, foi adiado. Mas na Rússia, com regulamento parecido com a Conmebol, o terceiro colocado Rostov teve 14 infectados e a federação não aceitou que o seu jogo com o Sóchi (time da zona de rebaixamento) fosse adiado. O terceiro colocado, jogando com o sub-20, perdeu por 10 a 1.

E a coisa pode piorar, pois o sexteto vai ter de cumprir quarentena de duas semanas no hotel equatoriano, pois não pode sair na rua, quiçá pegar o voo fretado para voltar.

O prejuízo desenha-se muito complicado para o Flamengo, que vive uma crise terrível, vem de uma de suas piores derrotas em todos os tempos, conta com um treinador que não fala a mesma língua dos jogadores e vai escalar, num jogo vital para a sua permanência, um time desfalcado, desentrosado e sem confiança.

O menos ruim é que o rival é o Barcelona, time bom, porém inferior ao Del Valle e o jogo não será na altitude. Se fosse o rival da semana passada, que meteu 5 a 0 no Mengo quase titular, não seria loucura imaginar uma provável goleada na casa dos dois dígitos.

E uma questão para avaliação: sem Isla e Matheuzinho, Rodrigo Caio será o lateral-direito contra o Barcelona, repetindo o que fez naquele 0 a 3 contra o Atlético Goianiense?

Outra: no próximo domingo o jogo será contra o Palmeiras, em São Paulo. E os Covidados não jogarão, claro...