Na berlinda pela polêmica atuação na vitória do Chile sobre o Uruguai, o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci vive uma incômoda situação no âmbito familiar que começou justamente às vésperas da Copa América-2015.
Segundo o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, a informação de que a filha de Sandro, de 15 anos, precisou ficar internada em um hospital da Nova Zelândia - onde faz intercâmbio - veio na segunda-feira da semana passada. Ou seja, na véspera da estreia de Ricci na Copa América: o jogo entre Uruguai e Argentina.
- Não estou dizendo que isso justifica, mas talvez tenha atrapalhado. Conversei com ele por mensagem, mas parece que a menina já está bem - contou ao LANCE! Sérgio Corrêa, que já tinha revelado o caso à ESPN e mostrou certo arrependimento:
- Não devia ter comentado. Como todos mencionaram problemas pessoais vividos por jogadores acabei comentando que o árbitro também é humano.
O chefe da arbitragem da CBF também considerou a atuação "abaixo do padrão".
- É difícil, o comportamento em competições internacionais é diferente. Ele deu cartões por reclamação, como faz aqui, mas os jogadores não estavam orientados. Vem muita gente de vários campeonatos diferentes. Mas foi mesmo abaixo do padrão - comentou.
Apesar do problema com a filha, Sandro não pediu dispensa ou qualquer outro benefício à chefia da arbitragem. Antes de ir para o Chile, ele apitou dois jogos da Série A-2015, ambos no final de maio, e logo se concentrou na preparação para a Copa América.
Sandro Meira Ricci sofreu um turbilhão de críticas por ter expulsado dois jogadores do Uruguai, o primeiro deles o atacante Cavani, e não ter visto a dedada do zagueiro Jara no jogador celeste, ato que motivou o troco de Cavani.
- Mas o árbitro não consegue ver tudo - opinou Sérgio Corrêa, que desconhece qualquer punição ou afastamento da Conmebol a Ricci, árbitro brasileiro na Copa-2014.