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Eurocopa traz lembrança para brasileiro Roger

Cartao Flu - (Foto:reprodução/twitter)
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Na Eurocopa-2008, um brasileiro naturalizado polonês fez história. Roger Guerreiro marcou o primeiro gol do país na fase final do principal torneio continental entre seleções. Na edição 2012 da Euro, que começa na próxima sexta-feira, Roger – que defende os gregos do AEK Atenas e teve passagens por Corinthians, Flamengo e Legia, onde fez sucesso no futebol polonês – verá sua segunda pátria apenas pela TV, já que não foi convocado pelo treinador Szmuda.

Nesta entrevista exclusiva ao LANCENET!, concedida diretamente de Atenas, o ex-corintiano conta sobre a sua decepção com a ausência da competição que tem a Polônia como uma das sedes, fala dos motivos que o levaram ao “esquecimento”, mas garante ser polonês desde criancinha e que até ajudou sua seleção ao dar dicas sobre a Grécia, primeiro rival polonês, nesta sexta.

Confira a entrevista exclusiva que o LANCENET! fez com Roger Guerreiro:

L!: Você estava cotado para defender a Polônia na Euro. Mas acabou não sendo chamado. O que aconteceu?

RG:Um conjunto de coisas. Minha ida para a seleção foi um pedido pessoal do treinador anterior (Nota de redação: Netherlands Leo Beenhakker). Me naturalizei e atuei em 26 partidas. Mas aí veio a troca de treinador, Szmuda assumiu. Para completar, passei a viver um problema no meu atual clube, o AEK Atenas, que sofre com a crise econômica na Grécia. Teve trocas de treinadores, joguei pouco. Isso acabou me afastando das convocações. Eu imaginava ficar de fora da Euro-2012 por causa destes problemas. Mas estou à disposição. Quero voltar o quanto antes para a seleção.

L!: O fato de você ser um brasileiro naturalizado pode ter contribuído para essa ausência?

RG: Não. Afinal, já defendi a Polônia em várias competições, sou querido pela torcida, tem até pedido na internet para a minha convocação.... E esse carinho vem desde o início da minha passagem pela seleção. Vou relembrar essa história. Mesmo não tendo jogado nas Eliminatórias para a Euro-2008, me naturalizei a tempo para a competição, tive reuniões e o treinador pediu para que eu ajudasse. Aí fui bem recebido, até porque conhecia vários jogadores da seleção. Depois, inclusive, fui saber que o treinador fizera uma reunião com os líderes do grupo, se eles seriam a favor. Tudo O.K. Fiz uma boa Euro, dei sequência, joguei as Eliminatórias para a Copa, fiz quatro gols e dei sete assistências... Deu tudo certo.

L!: Na Euro-2008 você fez história. Marcou o primeiro gol da Polônia numa fase final da competição...

RG: Ficará marcado na história do futebol polonês. Para mim, também. Marcante demais. Por coincidência, naquela época fazia seis meses da morte do meu pai. Foi muito emocionante.

L!: Acha que a Polônia, jogando em casa, vai longe nessa Euro?

RG: Ela tem de pensar passo a passo. Avançar na primeira fase é o primeiro. Aí vai começar o mata-mata e a coisa fica mais dificil. Mas acho que tem condições de passar pela primeira fase, o grupo é equilibrado, não tem nenhum gigante.

L!: E vai ter o duelo contra a Grécia, país no qual você está atuando. Sua torcida vai ficar para quem nessa história?

RG: Não tenho dúvidas. Nesse caso sou polonês desde criancinha. Inclusive já me ligaram da Polônia, pedindo informações da Grécia e estou sempre ajudando. Passei tudo o que sabia, por conhecer muitos jogadores da seleção grega.

L!: Ainda tem contato com os companheiros de seleção e o futebol polonês?

RG: Faz um tempinho que eu não vou até a Polônia. Não há quase folga para viajar. Mas tenho acompanhado pela internet. Sei que a expectativa é bem grande por lá. A seleção fez uma boa preparação, há jogadores de qualidade.

L!: O trio do Borussia Dortmund (ALE) é mesmo a grande esperança da Polônia?

RG: Eles são os principais jogadores. Lewandovski joga demais, o Kuba e o Piszczek também. Eles podem decidir, sim.