A socidedade uruguaia orgulha-se da ascendência charrua e minuana, tribos indígenas que habitavam a Bacia do Prata antes da chegada dos colonizadores espanhóis e cujo caráter indômito influenciou o estilo de futebol aguerrido da seleção do país.

A mística do "sangue charrua" foi resgatada pela atual geração, quarta colocada do Mundial de 2010 e campeã da última Copa América, no ano seguinte. Uma grande dúvida, no entanto, apareceu após as façanhas: a Celeste já teria atingido o ápice?

Os resultados recentes provam que uma grande nuvem negra atravessa o futebol do país. Nas Eliminatórias, a seleção bicampeã mundial está penando para conseguir vaga na repescagem. E ficar fora da Copa-2014 é algo impensável para quem sonha com o segundo capítulo do Maracanazo.

No que tange aos clubes, nenhum representante uruguaio chegou sequer às quartas da Libertadores nos dois últimos anos. A escassez de bons resultados colocou em xeque a atual geração, próxima do final, com alguns dos grandes protagonistas envelhecidos e sem o mesmo fôlego de antes.

– Há pouco tempo, ninguém tocava no assunto. Bastou perdermos para falarem em renovação – minimizou o astro Forlán, ao L!

Mais do que mais um título, a Copa das Confederações é a grande chance para o técnico Oscar Tabárez experimentar os jovens valores, responsáveis pela continuação do trabalho bom trabalho de 2010 e pela nova cara da seleção.

A "crise" não é devastadora. O Uruguai ainda é exportador de craques. Não é à toa que Luis Suárez e Cavani são dois dos jogadores mais cobiçados pelos gigantes europeus nesta janela de transferências.

Sem o favoritismo e correndo por fora, a Celeste briga para honrar a camisa e a tradição de mostrar bravura em cada combate.

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