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100 anos de Palmeiras: De 1944 a 53, vários títulos para o ‘dono do mundo’

Centenário do Palmeiros (Foto: Arte LANCE!)
Escrito por

'Visão da décasa', por Fernando Galuppo (Jornalista e historiador palmeirense)

O segundo título paulista conquistado, após a mudança de nome de Palestra Itália para Palmeiras, aconteceu em 1944 e surgiu de maneira não menos polêmica que o anterior em 1942. Faltando três rodadas para o fim do estadual, a tabela marcava o confronto entre Palmeiras e São Paulo. As duas equipes estavam empatadas na liderança do torneio. A vitória, praticamente, determinaria o título a favor de quem vencesse. Nas vésperas do clássico, o Tribunal de Penas Desportivas, recém-criado pela Federação Paulista de Futebol, suspendeu o volante argentino palmeirense Dacunto.

No dia 17 de setembro 1944, no estádio do Pacaembu, o alviverde superou os fatores extracampo, deu um show de bola e bateu o Tricolor pelo placar de 3 a 1, gols marcados por Villadoniga e Caxambu (2), garantindo mais um troféu estadual.

Nos minutos finais, a torcida palmeirense entoou uma célebre canção da época, que parodiava a marcha de Pedro Caetano e Claudionor Cruz, denominada “"u Brinco". "Com Dacunto, ou sem Dacunto/ ê,ê,ê eu ganho/ Com Dacunto, ou sem Dacunto/ ê,ê,ê eu ganho".

Em 1947 o Verdão faturou mais um título do Paulistão em cima do Tricolor paulista. Em 17 de agosto daquele ano, no estádio do Pacaembu, o alviverde venceu os tricolores por 4 a 3, com três gols em cobrança de falta marcados pelo meia-atacante Lula. Algo inédito e sensacional no futebol paulista, até então. A partir daí, o atacante ganhou o status de ídolo e o carinhoso apelido de “Canhão do Palestra”.

Após os sucessos nos estaduais, o Verdão trilhou novos voos no plano internacional. Convidado pelo Barcelona-ESP, então Campeão Espanhol e da Copa Latina, para os festejos do Cinqüentenário do clube Catalão em terras espanholas, o alviverde pela primeira vez jogava em terras européias em 1949.

Com atuações magistrais de Jair Rosa Pinto, Lima e Canhotinho, o Verdão deu uma aula de futebol com um empate diante dos espanhóis, em 2 a 2 em pleno Camp Nou, em 27 de novembro daquele ano.

Essa experiência fortaleceu a confiança e o prestígio do Palmeiras, que emplacou uma série de cinco títulos seguidos, sendo lembrada como a conquista das Cinco Coroas, ao vencer o Campeonato Paulista (1950), Taça Cidade de São Paulo (1950 e 1951), Torneio Rio São Paulo (1951) e a Copa Rio (1951).

Devido ao sucesso da Copa do Mundo em 1950, a Copa Rio foi organizada pela CBD – Confederação Brasileira de Desportos -, atual CBF, e reuniu pela primeira vez as maiores forças do futebol mundial, contando com total apoio, infraestrutura e chancela da FIFA.

Com uma campanha impecável, o Verdão chegou à final da competição diante da Juventus (ITA) e venceu – ver gols da decisão no gráfico.

Ao fim do jogo uma grande festa e a torcida gritava exultante nas arquibancadas: Brasil! Brasil! Brasil! O Palmeiras resgatava o orgulho do povo, que ainda sofria a dor da derrota na Copa. Em São Paulo, na chegada dos jogadores, cerca de um milhão de pessoas saíram às ruas para celebrar o feito palmeirense, de acordo com dados da segurança pública.

OS NÚMEROS DO PALMEIRAS DE 1944 a 1953:

Vitórias: 285
Empates: 96
Derrotas: 104
Total de jogos: 485

O MUNDO NO PERÍODO

1944
Em 6 de junho, no histórico "Dia D", o Aliados invadiram a Normandia para libertar a França dos alemães.

1945
Hiroshima e Nagasaki, no Japão, foram bombardeadas. No dia 2 de setembro, terminou a Segunda Guerra Mundial.

1946
O general Eurico Gaspar Dutra tomou posse como presidente do Brasil em 31 de janeiro.

1948
O líder pacifista Mahatma Gandhi morreu em 30 de janeiro, aos 79 anos.

1950
O Brasil sediou sua primeira Copa do Mundo da Fifa: perdeu a final por 2 a 1 para o Uruguai, no Maracanazo.