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Ricardo Gomes aponta erro de horário e falta de foco de Michel

Técnico do São Paulo isenta meia por participação em evento de pôquer, mas faz críticas ao momento do camisa 7: 'Ele se esforça, mas as coisas não estão acontecendo'

(Foto: Marcello Zambrana/AGIF)
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A novela de Michel Bastos no São Paulo ganhou mais um episódio nesta sexta-feira. Isso porque o meia não avisou ao técnico Ricardo Gomes sobre a ausência no treino da última quinta, motivada por problemas particulares. Apenas o diretor-executivo Marco Aurélio Cunha foi comunicado sobre a falta, tratada pelo treinador como um "erro de horário".

Ainda na quarta, Michel foi a um evento de pôquer e deixou o local por volta da meia-noite. O clube não condena a ida ao torneio, que segundo a assessoria do atleta era beneficente, mas pondera que o atleta poderia ter evitado a exposição diante do mau momento que vive. Já são três jogos sem nem sequer ser relacionado no Campeonato Brasileiro.

- O pôquer não quer dizer nada, não foi isso que o impediu de vir ao treino. Ele errou o horário. Tento recuperá-lo desde que cheguei, na parte física e técnica, mas o psicológico não está focado. Vocês conhecem ele, é bom jogador, chegou com referências, mas depois caiu. Perdeu o foco e o horário do treino. Ele se desculpou e vamos até o fim do ano administrando. Não sabia, foi falta dele. E não é pela falta que não será relacionado. É porque não está focado. Ele se esforça, mas as coisas não estão acontecendo - disse Ricardo.

O técnico assegura que não está preocupado com o caso. A comissão alega que já fez o possível para resgatar Michel após a agressão sofrida durante invasão de torcedor ao CT da Barra Funda no fim de agosto. Agora, esperam que o atleta dê sinais de que está pronto e focado para novas oportunidades. 

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Ricardo Gomes:

Aceitaria ter Rogério Ceni como seu auxiliar?

Não vou responder isso aqui. Ele foi meu capitão há seis anos e toda essa história é porque ele é merecedor de voltar ao São Paulo. Se vai ser como treinador ou auxiliar, é com a diretoria e só em 2017. Vamos resolver primeiro os problemas de 2016.

Gostaria de mais respaldo da diretoria?
É verdade, mas isso pode mudar. Quando o assunto surgiu, a gente tinha cinco resultados negativos. Não tem diretoria no Brasil que dê respaldo assim. Agora está mudando, porque os resultados estão deixando o clube tranquilo. Minha situação será resolvida em dezembro, não tenho nenhum problema. Não seria o primeiro e nem o último. Essa exposição que se tem em um grande clube não é para reclamar, é para agradecer. Tenho que trabalhar. 

Qual seu mérito na revelação de garotos da base?
Olhem para Cotia, aquela estrutura é que proporciona isso. Não tem fórmula mágica, mas é preciso formar bem. Assim, é mais fácil ter sucesso. A tendência é dar certo e daqui a alguns anos ver o São Paulo com 80% do elenco formado pela base. Não tem olhar clínico. Quando você descobre um talento aos 12 anos e forma para o profissional, o mérito é de quem fez esse processo. Agora, se eu não encontro uma função para o David (Neres) jogar, eu que seria o errado mesmo. Estive no Morumbi contra o Criciúma (Copa do Brasil Sub-20) e penso que daqui alguns anos dará resultado. A falta de dinheiro pesa para você usar a base, mas a falta de jogadores no mercado também. Cinco países formam e o resto do mundo compra. Se você forma bem, ajuda até o Tite na Seleção. Um jogador sai daqui com 19 anos, fica alguns anos fora e volta para a Seleção com uma identidade diferente. O ideal seria que eles ficassem aqui por mais tempo, para manter um estilo.