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Retrospectiva L!: São Paulo junta os cacos após temporada decepcionante do ‘quase’

Com dois vices e fora da Libertadores, Tricolor encerra um dos anos mais tristes da história

Igor Gomes lamenta no Paulistão: lamentar foi o verbo da ordem no ano (Foto: Renato Pizzuto/Ag. Paulistão)
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Empolgado pelo esperado fim do jejum de títulos, o São Paulo entrou em 2022 prometendo vida nova a seu torcedor. E por muitos momentos o sentimento de esperança venceu o medo. Contudo, no final, o saldo que resta para o Tricolor é de decepção pelos tropeços em finais e momentos cruciais do ano que deixaram o clube do Morumbi com um sentimento de 'quase' engasgado na garganta. E uma incômoda fila de conquistas de Rogério Ceni na função de treinador do lugar onde é idolatrado.

Isso porque o ano começou com motivos de sobra para empolgação. O Tricolor trouxe reforços que empolgaram os são-paulinos como Patrick e Nikão. Mas sem contar com os dois no início, resultados ruins deram as caras e a campanha no Campeonato Paulista não deslanchava. Até que Ceni deu chances a alguns nomes vindos de Cotia, como Pablo Maia. E a coisa fluiu.


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O São Paulo passou a engatar bons resultados. Passou com facilidade na fase de classificação do Estadual. E, no mata-mata, teve forças para superar o rival Corinthians.

Vaga na final assegurada, o Tricolor teria pela frente o temido Palmeiras. Provando ser uma pedra no sapato do rival, venceu o duelo de ida da decisão por 3 a 1, encerrando a invencibilidade do adversário na competição, em um Morumbi lotado.

Parecia que o bi era uma realidade até que veio o duelo de volta, na arena rival, onde um São Paulo irreconhecível fez um dos piores jogos de sua história e foi abatido facilmente com uma sonora goleada por 4 a 0.

O são-paulino não sabia, mas seria a primeira das feridas que teria de lamber no ano.

A começar por um erro de cálculo. Ceni passou todo o primeiro semestre destacando que o objetivo prioritário era conquistar uma vaga na Copa Libertadores por meio do Campeonato Brasileiro. E assim o Tricolor iniciou a disputa com bom desempenho, se mantendo na ponta da classificação. Até que um feito aconteceu.

Paralelamente às duas disputas mencionadas até aqui, o destino reservou mais um Choque-Rei no ano, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O poderoso rival, sempre mais alardeado pelo comando de Abel Ferreira, ainda impôs outra derrota histórica ao Tricolor, vencendo o clássico no Morumbi pelo Brasileirão por 2 a 1 de virada com dois gols já nos acréscimos.

Tudo isso deu um desânimo inicial aos tricolores. Mas no mata-mata nacional a coisa se inverteu. Vitória por 1 a 0 no Morumbi, na ida, e uma histórica classificação nos pênaltis na arena alviverde, em jogo polêmico (do lado de lá, é verdade), por supostos erros de arbitragem.

O surpreendente resultado empolgou os bastidores do Morumbi. De olho nas pomposas verbas oferecidas pela Copa do Brasil e uma chance concreta de título - afinal tudo pode acontecer em mata-mata - as prioridades foram invertidas no São Paulo. Ao mesmo tempo o clube seguia boa campanha na Copa Sul-Americana. E a desistência do Brasileirão foi selada, com reservas sendo escalados e natural acúmulo de maus resultados, que fizeram o time despencar na classificação.

Mas nos mata-matas, o heroísmo prevalecia. O Tricolor só parou na Copa do Brasil na semifinal, ante um poderoso Flamengo, que passou como quis nos dois jogos. O gosto era de dever cumprido. E ainda tinha a Sul-Americana, onde o São Paulo conseguiu avançar de maneira épica, superando Ceará e Atlético-GO nos pênaltis.

A decisão de campo neutro na Argentina reservava o Independiente del Valle, do Equador. A torcida, que quebrou recorde histórico de presença em um mesmo ano no Morumbi, fez como pôde para se deslocar até Córdoba, na Argentina, e viu o sonho de um título internacional após dez anos virar água com novo revés: 2 a 0 sofrido em um dos dias mais tristes da história Tricolor.

Na reta final do ano, encurtado pela disputa da Copa do Mundo, o São Paulo ainda tinha o sonho da Libertadores pelo Brasileirão, aquele mesmo desprezado anteriormente. Mas a equipe novamente decepcionou. Na reta final engatou uma série de partidas sem vitória, escancarando a fragilidade de um elenco que passou o ano lutando contra o desgaste, atrasos de salários e premiações e as contusões que tiraram boa parte das peças de Ceni em momentos cruciais.

Com o amargo dos 'quases' somados, o ano termina com saídas em massa de veteranos cujo contrato acabou e não seriam renovados, como Miranda, Éder e Reinaldo. Ceni elevou o tom por uma mudança de postura, de uma suposta austeridade financeira.

Isso após uma temporada onde o clube do Morumbi superou o esperado para os caixas pelas vendas de jogadores - resultado da compra de gigantes europeus de suas revelações espalhadas no Velho Continente.

Tranquilidade, de verdade, só na direção. Em meio ao turbilhão de emoções vividas em campo, o presidente Julio Casares conseguiu do Conselho Deliberativo o direito a tentar se reeleger para mais um mandato no fim de 2023, provando que no São Paulo, ao menos na parte política, a coisa segue o seu habitual.

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