Rueda explica bloqueio de venda de Kaiky e caso Cueva

Peixe não recebeu 4,5 milhões de euros pela venda do zagueiro ao Almería

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A situação financeira do Santos ainda tira o sono do presidente Andres Rueda. Nos últimos meses, o dirigente foi surpreendido pelo bloqueio de 4,5 milhões de euros da venda do zagueiro Kaiky ao Almeria, da Espanha, o que deixou o final de ano do clube ainda mais complicado.

Em entrevista ao LANCE!/DIÁRIO, o presidente esclareceu que o bloqueio partiu de um não pagamento do Peixe em 2012 pela venda do meia-atacante Neymar ao Barcelona (Espanha).

- Existe na Espanha uma lei que pode parecer maluca, mas é uma lei que prevalece lá. Quando você vende jogador para a Espanha, o clube que vende precisa pagar 15% de imposto. No caso do Neymar, na venda dele, o Santos não pagou em 2012 e o fisco (Receita Federal Espanhola) entrou com uma ação contra o clube exigindo que se pagasse. Essa ação está sendo contestada pelo clube, falando que existe reciprocidade com o Brasil e tal, mas não tem jeito. Tem que pagar mesmo e o máximo que estávamos conseguindo era postergar. Esse processo está em que pé? A gente entrou com pedido de recurso e não foi julgado ainda. Mesmo com recurso, a receita bloqueou o dinheiro. Na real, ela comunicou todos os clubes da Espanha dizendo que, se tivessem algum dinheiro para dar para o Santos, era para bloquearem até o valor de tanto. E foi isso que aconteceu - explicou.

O Peixe oficializou a venda do zagueiro Kaiky ao Almería, da Espanha, no dia 19 de julho. O Menino da Vila vendido por 7 milhões de euros (cerca de R$ 37,5 milhões) e se tornou a oitava maior venda do clube. O Santos ainda terá lucro caso o defensor cumpra metas no clube espanhol.

O cartola também comentou sobre o caso Cueva, que está em fase final de julgamento na Fifa. Contratado ao Krasnodar, o jogador rescindiu o contrato com o Peixe de forma unilateral e se transferiu para o Pachuca, do México.

- No caso do Cueva, a gente está pagando o Krasnodar (Rússia) e a Fifa não divulgou o resultado da ação do Santos tem com ela para ver quanto que a gente tem que ser ressarcido pela saída dele de forma errada do clube (...) Na verdade, a gente fez uma grande poupança porque para o Krasnodar estamos pagando, falta pouquinho, mas já pagou. A gente não sabe a decisão, esse negócio de justiça é complicado, eu não sei qual valor vai ser arbitrado para o Pachuca pagar. Ele pode ser igual ao que a gente pagou como pode ser menor e dificilmente será maior. Não tem como prever, a única vantagem é isso, pelo menos quando vier é limpo. Não tem que pegar esse dinheiro e enviar para lá, é do Santos - explicou.

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