Time do Rei

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Santos se posiciona sobre denúncias e vítima de racismo grava vídeo para falar do episódio

Advogado vitima de injúria racial se pronuncia dizendo que perdoou ofensor e não deseja mais desdobramentos sobre caso; acusado pediu desligamento do clube

Situações relatadas aconteceram dentro da Vila Belmiro (Foto: Divulgação/Twitter Santos)
Escrito por

O Santos FC se posicionou oficialmente a respeito de denúncias de racismo e assédio moral entre funcionários do clube. Os casos foram levadas a público por meio de uma reportagem no site da "ESPN", veiculada nesta quarta-feira (23). 

No comunicado, o Peixe diz que quando a direção teve conhecimento dos fatos, o Departamento Judiciário e a Divisão de Inquérito e Sindicância do clube foram acionados. 

Em relação à denúncia de assédio moral feita por uma ex-funcionária do setor de Recursos Humanos contra o superintendente de administração finanças, Luiz Eduardo Silveira, o clube afirma não ter constatado os indícios, sendo que a denunciante, cuja identidade foi preservada, acabou dispensada do clube por insatisfação no seu aproveitamento em três setores diferentes. 

Já a vitima do caso de racismo teve o seu nome revelado. O advogado Cléber Pinto gravou um vídeo dizendo que recebeu pedido de desculpas formal pelo ocorrido e o aceitou. Na matéria, a ESPN revelou um áudio em que ele denuncia diretamente ao presidente Orlando Rollo uma injúria racial cometida pelo gerente de controladoria, Roberto Rabelato.

- Vim tratar de uma questão de injúria racial que ocorreu comigo, levei ao conhecimento do presidente e ao Comitê Gestor, no qual fui prontamente acolhido. Tive pedido de desculpas formal pelo ofensor, no qual eu aceitei esse pedido. A partir desse momento, dei o caso como encerrado, Nunca autorizei a gravação da minha fala em uma reunião que ocorreu. Houve uma deturpação daqueles fatos. Todavia, quero deixar bem claro que o Santos Futebol Clube tem como principio a igualdade entre as pessoas, seus funcionários, Não há, nesse sentido, da minha parte, nenhuma ressalva - disse Cleber, em trecho da gravação publicada pelo Santos.

A nota oficial aponta que Roberto pediu desligamento do Santos para melhor apuração dos fatos. O comunicado, inclusive, diz que na mesma reunião onde as falas do advogado foi gravada, o presidente Orlando Rollo acenou com a possibilidade de prisão em flagrante de Rabelato, mas o próprio ofendido optou por não levar o caso adiante. 

Confira na íntegra a nota do Santos FC

"O Santos FC esclarece fatos sobre matéria veiculada pelo portal ESPN:

Quanto aos fatos narrados, cabe explicar que todas as providências foram imediatamente adotadas quando os fatos foram narrados à direção do clube, quer seja em acionar o Departamento Jurídico, instaurar procedimento na Divisão de Inquérito e Sindicância e que fossem adotadas as devidas questões relativas à Polícia Judiciária.

Quanto à questão do assédio moral, foram ouvidos todos os funcionários e não foi constatado qualquer indício nesse sentido. A citada funcionária foi realocada e testada em três setores diferentes sem conseguir aproveitamento satisfatório em suas atividades laborais, motivo pelo qual foi devidamente desligada.

Salienta-se que o áudio captado se deu de maneira ilegal e sem o conhecimento dos presentes, porém a veiculação na mídia se deu de maneira deturpada e sem outros trechos importantes.

Sobre a questão da injúria racial, a vítima – o colaborador Dr. Cléber Pinto – destaca que recebeu todo o apoio da direção do clube e no vídeo aqui postado afirmou ter aceitado o pedido de desculpas e explicações do colaborador acusado, dando o caso por encerrado.

O Presidente Orlando Rollo, ainda na citada reunião, após ouvir atentamente ambas as versões, acenou por efetuar a prisão em flagrante e foi obstado pelo próprio Advogado “vítima”, o qual foi enfático em não desejar dar qualquer tipo de prosseguimento no caso.

Reitera-se, por fim, que o crime de injúria racial tem natureza de ação penal condicionada à vontade da vítima.

O SFC informa que o colaborador acusado se desligou do clube para que a apuração interna prossiga de maneira independente e livre de qualquer interferência na apuração dos fatos".