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Conselheiros protocolam novo pedido de impeachment de Peres no Santos

Com 73 assinaturas e encabeçado por Alexandre Santos e Silva, documento foi entregue à mesa do Conselho do clube na tarde desta quarta e presidente ainda não foi notificado

Peres segue bastante pressionado pela oposição no Santos (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos)
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Encabeçado pelo conselheiro Alexandre Santos e Silva e assinado por 73 conselheiros, um documento pedindo o impeachment do presidente José Carlos Peres foi entregue à mesa do Conselho Deliberativo do Santos na tarde desta quarta-feira. O pedido tem como base o parecer Conselho Fiscal do clube, divulgado há algumas semanas e o qual aponta uma série de irregularidades que teriam sido cometidas pelo dirigente.

Além das duas empresas no nome de Peres cuja atividades estariam relacionadas ao agenciamento de jogadores. A reportagem teve acesso ao documento em suas versão mais atual, embora sem as devidas assinaturas. As duas sociedades empresarias do presidente antes de assumir o cargo no Santos, a Saga Talent Sports & Marking e a Peres Sports & Marketing são o ponto de partida para a tentativa dos conselheiros aprovar o impedimento.

- Não se pode ter esse tipo de vínculo e Estatuto é claro. Não tenho ligação política com ninguém, meu objetivo é claro: o bem do Santos - afirmou Alexandre, responsável também por encabeçar um primeiro pedido, protocolado em 17 de abril e assinado por 22 conselheiros. Documento que acabou arquivado por Marcelo Teixeira, presidente do Conselho. 

Marcelo precisará encaminhar o requerimentos dos opositores à Comissão de Inquérito e Sindicância depois de recebê-los e o presidente, então, será notificado e poderá apresentar sua defesa. Por Estatuto, caso Peres seja impedido de seguir no cargo, quem assume é o vice-presidente Orlando Rollo.

Conselheiro nato do clube, Esmeraldo Tarquinio deve protocolar um novo pedido de impeachment nos próximos dias. 

Entenda a questão
De maneira simplificada, os questionamentos dos conselheiros se baseiam nas duas empresas ligadas a Peres, a Saga Talent Sports & Marking e a Peres Sports & Marketing, as quais ele é acusado de usar para gerenciamento de atletas - algo que nega com veemência. Tal ato é proibido de acordo com o Estatuo Social do clube. Um dos sócios de Peres na Saga teria, inclusive, exigido 10% da venda de Gabigol à Inter de Milão, da Itália, em 2016. Já que tal empresa teria trazido o jogador ao Santos "de graça".

Ricardo Marco Crivelli, o Lica, gerente da base do Peixe em 2018 e afastado do cargo por acusação de abuso sexual, é também sócio de Peres na primeira empresa, que segundo o dirigente já foi encerrada e, em 2015, criou a Hi Talent Ltda. Um relatório da Comissão Fiscal do clube sobre a movimentação financeira no primeiro trimestre mostrou que o Alvinegro comprou 100% dos direitos econômicos do zagueiro equatoriano Jackson Porozo, de 17 anos, para o time sub-20, em fevereiro e que passará 20% de uma futura venda ao Manta (EQU) e 30% do lucro à Hi Talent.

A diretoria pagou 350 mil euros (cerca de R$ 1,5 milhões) pelo jovem, com vínculo até o final de 2021. O contrato não menciona o motivo das cláusulas acima. Tais questionamentos serão feitos nos pedidos de impeachment.

Peres fala em revanchismo eleitoral

O presidente está ciente do turbilhão de problemas que vai enfrentar nos próximos dias e acredita estar sendo vítima de um revanchismo eleitoral, fruto de uma oposição insatisfeita com o resultado das urnas.

- Essa questão do impeachment virou moda, o que ele precisa aprender é que primeiro ele precisa de conteúdo no que ele está pedindo. A corrupção no Santos passou a ser zero. A eleição terminou no final de dezembro, mas mesmo assim o cara continua em campanha eleitoral. Eu acho que o clube precisa o seguinte: ajuda! Críticas já bastam daquelas pessoas que não torcem para o clube e criticam. Eu não temo, porque eu não fiz nada de errado - disse Peres, em entrevista à ESPN.