O técnico Cléber Xavier deve promover mudanças no time do Santos que vai enfrentar o Internacional, na próxima quarta-feira (23), na Vila Belmiro, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Um desfalque certo é o do venezuelano Tomás Rincón, que cumprirá suspensão. Ele foi titular na vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo e entrou no segundo tempo da derrota por 3 a 0 para o Mirassol.
O revés ainda incomoda a torcida santista, especialmente após a bela atuação diante da equipe carioca.
Em entrevista ao De Olho no Peixe, na última segunda-feira (21), o técnico Cléber Xavier reforçou que o desgaste físico de alguns atletas provocou mudanças na escalação, com a entrada de Zé Ivaldo na zaga.
— A gente tem como rotina, sempre no pós-jogo — no caso, nesta segunda-feira (21) — analisar o que erramos e o que fizemos de positivo, para reunir os atletas e mostrar a nossa análise, como sempre é feito. Assim, apresentamos as estratégias e ajustes defensivos. A questão de acertar ou errar vem muito depois do resultado. A decisão precisa ser tomada antes. O Rollheiser foi titular contra o Fortaleza, estava suspenso contra o Flamengo. No duelo contra o Botafogo, fez um grande jogo. Decidi entrar novamente com a dupla Rollheiser e Neymar — afirmou.
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O comandante santista ainda explicou algumas alterações realizadas no segundo tempo do jogo, especialmente com a entrada de Thaciano.
— A questão com o Zé Ivaldo foi por causa do estilo do Mirassol, uma equipe de muita transição e bola aérea. O Zé tem como características a força e a velocidade, por isso entrou na vaga do Basso. Era um jogo com muitos jogadores sem uma recuperação total, principalmente o Rincón e o Escobar. Eu não iria para uma partida com quatro ou cinco alterações por questões físicas. As modificações no Guilherme e no Souza foram pelo desgaste de energia. O Escobar, que é da função, e o Thaciano, que poderia cumprir bem o papel e trazer mais energia, entraram — explicou o treinador.
Desgaste físico:
Os atletas do Peixe tiveram duas semanas de férias durante a pausa para o Mundial de Clubes da Fifa. totalizando mais de um mês sem entrar em campo, já que também houve o adiamento do clássico contra o Palmeiras.
O técnico Cléber Xavier comentou sobre o processo de recuperação física dos jogadores do elenco:
— Não vejo como um erro, e sim como uma questão natural. Não é só o ganho da parada. Foram 15 dias de férias, em que você sai do controle, e 15 dias de controle. Em uma situação normal, com uma equipe já estabilizada fisicamente, talvez isso não causasse tanto impacto. No nosso caso, não. Sempre destaquei a necessidade de um equilíbrio físico.
— O primeiro jogo que tivemos foi muito desgastante, tanto física quanto emocionalmente. Enfrentamos uma equipe com domínio do jogo, pressão e muita qualidade. O desgaste de jogar em casa, contra esse grande time e diante da torcida, com a responsabilidade de sair da zona de rebaixamento, é ainda maior — explicou o treinador.
Ele ainda pregou cautela na análise da partida, exaltou o poder ofensivo do adversário e evitou expor desempenhos individuais ruins como forma de crítica ou explicação para a derrota.
Escalação:
O suspenso Tomás Rincón deve ser substituído por Willian Arão ou João Schmidt. Arão deve começar no banco já que ainda precisa aprimorar a forma física, mas pode jogar pelo menos 45 minutos. João Basso deve formar a dupla de zaga ao lado de Luan Peres, com Zé Ivaldo voltando ao banco de reservas. Na lateral direita, Escobar deve ser improvisado no lugar do recém-chegado Igor Vinícius.
PROVÁVEL TIME: Gabriel Brazão; Escobar, João Basso, Luan Peres e Souza; João Schmidt (Willian Arão), Zé Rafael e Rollheiser; Barreal, Neymar e Guilherme.