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Por que a opção por Ademir representa a filosofia de futebol desse Palmeiras

Os perfis futebolístico, psicológico e comportamental são preponderantes para saber quem se encaixa nesse ambiente

O atacante do América-MG Ademir é pretendido pelo Palmeiras (Foto: Foto: Daniel Hott / América)
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Não é sobre nomes ou tanto assim sobre valores. Evidentemente, o clube se previne para não ser mais um a ter nome, mas não ter como usá-lo no mercado, como acontece até nos mais íntimos rivais. A austeridade é, sim, prioridade pro Palmeiras. Mas há um fator preponderante nas escolhas daqueles que podem vir a ser reforços no elenco de Abel: o desejo por estar lá. Encanta a comissão e convence a direção o jogador que entregaria tudo de si para usar o uniforme do Palmeiras para fazer o gol que coroa uma Libertadores ou para assumir uma função totalmente oposta àquela que é de seu costume.

Ademir, por exemplo, é o nome mais criticado. Já não tão garoto, sem números expressivos, sem uma carreira de grandes feitos. E sem, também, grandes chances. Se vier ao Verdão, terá aquela que chamam de "a da vida". E essa interessa muito ao clube que encontrou Breno Lopes, Alan Empereur, Emerson Santos e tantos outros que foram descartados no pré-conceito de seus próprios históricos. Os exemplos dos três campeões da América e do Brasil mostram por onde o Palmeiras quer caminhar.

Em papos informais, ouve-se que esse elenco não é o melhor sequer da década. Nem de longe, um dos mais proeminentes da história. E como ele conseguiu feitos tão impactantes? Segundo quem esteve lá, a resposta é: conceito de unidade, de grupo, de todos por um objetivo só. Compreende-se internamente que há um ambiente quase que sem precedentes na história recente do Palmeiras e qualquer passo em falso poderia atritar nesse que é um dos "segredos" do supercampeão.

O grande receio do Palmeiras, hoje, é não honrar com seus compromissos. A promessa feita (e paga) ao elenco - reduzir salários no início da pandemia para manter o quadro de funcionários - é um ponto chave do ano. A compreensão dos atletas e o acordo cumprido pela direção estreitaram ainda mais os laços que já eram bons. O receio de uma nova peça com perfil de destaque e com vencimentos muito altos, além de inserir risco à saúde financeira, é uma ameaça a esse contexto todo.

O novo ciclo está sendo cuidado com uma paciência e cuidado impressionantes, até mesmo para quem lidera o processo. Manter o elenco, que já compreende Abel, que compreende a necessidade de aplicação e superação, que entende os grandes momentos e que está completamente fechado entre seus membros, é o principal ponto. Custe o que ou quem custar. Inserir peças será, sim, algo natural, mas a escolha é extremamente minuciosa. Os perfis futebolístico, psicológico e comportamental são preponderantes para saber quem se encaixa nesse ambiente. E não sobram muitos argumentos para contradizer um time tão vencedor.