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Palmeiras nunca reverteu desvantagem de dois gols de primeiro jogo em mata-matas no Paulistão

Contando apenas duelos eliminatórios, Verdão virou derrota em primeiro jogo em quatro das nove vezes em que foi preciso no Estadual

Evair em 1993: conquista histórica é uma das vezes em que Verdão reverteu vantagem (Foto: Acervo Palmeiras)
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Existem motivos concretos para o torcedor do Palmeiras estar preocupado para o jogo final contra o São Paulo na final do Campeonato Paulista, neste domingo (3), às 16h (de Brasília), no Allianz Parque. Após perder por 3 a 1 o primeiro duelo, quarta-feira (30), no Morumbi, o Verdão luta contra a estatística desfavorável: nunca reverteu uma desvantagem de dois gols aberta por um adversário no primeiro jogo de um duelo de mata-mata no Estadual.


Na partida de domingo, o Verdão precisa vencer por dois tentos de diferença para, pelo menos, levar a decisão do título para a disputa de pênaltis. Seria um feito inédito do clube se tratando apenas de Paulistão.

Ao todo na história, o Palmeiras teve nove duelos eliminatórios no Paulistão em que perdeu o primeiro jogo. Em quatro deles conseguiu reverter a vantagem do rival - aqui contabilizando quando tinha a vantagem de dois resultados iguais. Em outras cinco, contudo, acabou eliminado ou perdendo o título.

A primeira vez que o palmeirense enfrentou essa situação foi em 1986. Na ocasião, o Verdão conseguiu a classificação para a semifinal da disputa por ter a segunda melhor campanha geral dos dois turnos da fase de classificação. O adversário seria justamente o Corinthians, seu maior rival.

No primeiro jogo, disputado em 24 de agosto, 95.759 pessoas viram Cristóvão marcar aos 41 minutos do primeiro tempo o único gol da partida no Morumbi, que sacramentou a vitória do Timão por 1 a 0, em partida que teve arbitragem extremamente contestada de Ulysses Tavares de Souza por parte do Alviverde.


O duelo de volta aconteceu no dia 27 daquele mesmo mês. E foi um sufoco para o Verdão, diante de 92.982 pessoas no mesmo Morumbi. O gol redentor saiu apenas aos 42 minutos do segundo tempo, com Mirandinha. Na prorrogação (prevista em regulamento), no entanto, o Alviverde não tomou conhecimento do rival e fez mais dois gols, com o mesmo Mirandinha e um tento histórico olímpico de Éder, selando a vitória por 3 a 0. O clube iria para a final, onde acabaria surpreendido pela Inter de Limeira e seguiria em seu tenebroso jejum de títulos nos anos 1980.


O Verdão só teria que reverter uma vantagem negativa de jogo eliminatória de ida em Paulistão de novo em 1993. Mais uma vez o adversário da vez era o rival alvinegro. Em jogo estava o fim ou não dos sofridos 16 anos de fila do clube. 93.736 pessoas foram ao Morumbi naquele 6 de junho e viram uma zebra. Viola marcou aos 12 minutos do primeiro tempo, definiu a vitória por 1 a 0 do Timão sobre o forte time montado pela parceira Parmalat e ainda saiu comemorando imitando um porco à beira do gramado, despertando a fúria da torcida alviverde.


A volta foi no dia 12. Um dia inesquecível para todos os palmeirenses.104.401 pessoas viram a goleada por 4 a 0 que selou o título palmeirense. Desnecessário explicar mais alguma coisa.


Coube ao São Paulo, justamente o adversário da final deste ano, acabar com a fase do Verdão de reverter desvantagens. No Paulistão de 1998, em 19 de abril, as 55.184 pessoas no Morumbi até viram Roque Júnior abrir o placar aos 37 minutos do primeiro tempo. Mas Denílson, aos 13, e Dodô, aos 47 da etapa final, definiram, a virada tricolor na primeira partida da semifinal.


O duelo de volta daquela semifinal ocorreu no dia 25 daquele mês. E a encomenda saiu ainda mais cara ao Verdão. Derrota por 3 a 1 para o público de 75 mil anunciado e eliminação para o rival.


No Estadual de 1999, aquele Palmeiras campeão da Copa Libertadores pela primeira vez precisou correr atrás de duas adversidades de placar do primeiro jogo. Na semifinal, perdeu para o Santos na ida por 2 a 1. Na volta, de novo no Morumbi, até saiu atrás do marcador, mas conseguiu virar o placar em dez minutos e selar sua classificação para a final diante do Corinthians, utilizando a vantagem de jogar por dois resultados iguais por ter campanha melhor.

É a terceira vez que o rival alvinegro aparece nessa lista. Na final daquele ano do Paulistão, o Verdão dividia atenções com  outra decisão, justamente a da Libertadores. E por isso o técnico Luiz Felipe Scolari escalou um time misto para o primeiro duelo. Acabou perdendo por 3 a 0. Na volta, o jogo seguia empatado em 2 a 2 até que Edilson fez as famosas embaixadinhas. O Verdão não conseguiu reverter o resultado e o resto é história...

(Foto: Acervo Lance!)

No novo milênio, o Verdão precisou reverter derrotas em jogos de ida de mata-matas em três oportunidades. A primeira veio na semifinal de 2008. Contra o mesmo Tricolor, a equipe perdeu o primeiro jogo por 2 a 1 e venceu a volta por 2 a 0, em partida polêmica no antigo Parque Antártica onde rolou até acusação são-paulina de gás de pimenta em vestiário, seguindo para conquistar o troféu ante a Ponte Preta.

No ano seguinte novamente o Palmeiras foi a campo em sua antiga casa para tentar reverter uma derrota no primeiro jogo do Estadual. Desta vez o rival era o Santos, que vencera por 2 a 1 e repetiu o placar na volta, em duelo marcado pela briga entre o zagueiro Domingos e o meia Diego Souza, eliminando o Alviverde.

A última vez que o Palmeiras passou por essa situação foi em 2017. Na ocasião, também pela semifinal, o Verdão perdeu por 3 a 0 o confronto de ida com a Ponte Preta em Campinas. Na Capital, fez só 1 a 0 e acabou eliminado.

TABELA
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