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Nova posição, prejuízo e incerteza com COVID-19: Zé Rafael fala ao L!

Meia-atacante transformado em volante por Luxemburgo comenta seus números, interferência da pausa e, também, como trabalha sem saber quando volta a jogar

Zé Rafael falou sobre treinamentos para manter a forma durante as férias coletivas (Agência Palmeiras/Divulgação)
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Meia-atacante desde o começo da carreira, Zé Rafael foi transformado em volante por Vanderlei Luxemburgo e vinha com sequência no Palmeiras, participando de 12 das 14 partidas do clube em 2020 e acumulando estatísticas positivas. Mas a evolução foi paralisada por conta da pandemia do coronavírus, e o jogador, em entrevista exclusiva ao LANCE!, falou sobre o assunto.

O meio-campista conversou com a reportagem a respeito não só dos possíveis prejuízos técnicos com essa pausa das competições, todas sem prazo para retornar, mas também de como tem trabalhado à espera de alguma data de volta, até, aos treinamentos sem restrições. O camisa 8 ainda falou sobre a manutenção da forma física ao longo das férias coletivas, no mês passado.

Confira abaixo a entrevista de Zé Rafael para o LANCE!:

Como tem sido o trabalho físico em meio a essa quarentena?
É tudo muito diferente, mas tivemos que nos acostumar com essa situação. Fazemos exercícios diariamente pra manter a forma o mais próximo do ideal possível para, quando voltarmos às atividades, estarmos bem. O pessoal do clube se fala, todos preocupados com essa situação, mas sabemos que é um momento de afastamento necessário.

Quanto reduziram os trabalhos nas férias coletivas?
Os trabalhos não foram iguais aos do dia a dia, não tiveram a mesma intensidade. Mas tratamos igual a um momento de férias normal, com atividades regularmente para manter a forma física. Não atingimos o nível de uma rotina de trabalhos no clube, mas conseguimos chegar perto disso.

Você tem alguém próximo com coronavírus? Como tem cuidado da família?
Graças a Deus, ainda não tive nenhum caso muito próximo, mas sempre escutamos falar de pessoas que contraíram o vírus. A gente tenta se proteger ao máximo, ficar em casa, reduzir a chance de contágio. Se precisar ir à rua, usar máscaras, proteção, para tentar evitar a contaminação.

Já pensa na possibilidade de virar o ano trabalhando?
É muito difícil pensar e imaginar o que vai acontecer neste ano. As situações ainda estão sendo discutidas e acredito que as melhores decisões serão tomadas, sempre protegendo e pensando na saúde de todos, não só nós atletas, como de todos que fazem parte do dia a dia do futebol, inclusive os torcedores. Vamos aguardar para saber quais medidas serão tomadas.

Analisando sua temporada, você ganhou mais chances em uma nova posição, e ganhou sequência. Já faz tempo que não joga, mas vê um lado positivo?
A interrupção foi ruim para quase todos, pois esse início de ano serve para que as equipes se entrosem, ganhem ritmo e os jogadores se adaptem ao estilo de jogo do treinador, como é o nosso caso. Mas foi uma situação que fugiu do controle de todos, não tinha outra opção. É esperar voltar e retomar o que vinha sendo feito até a paralisação.

Você tem números bem positivos no Paulista. Já deu assistência para gol, é líder em desarmes do time, segundo que mais dribla, sofre falta e dá passes e terceiro que mais finaliza, segundo o Footstats...
Esse novo posicionamento em campo ajuda bastante nessa evolução. É uma função que me dá a responsabilidade de marcar, bloquear as jogadas do adversário e, também, começar o nosso jogo ofensivo, observar o campo de frente e, se tiver a oportunidade, chegar para finalizar. Sempre tive essa facilidade de finalização e tenho confiança para isso.

O seu único número negativo é de ser quem mais comete faltas no time. É um passo para se adaptar de vez à posição de volante ou volantes, naturalmente, acabam cometendo mais faltas pela função?
É uma coisa normal, já que a marcação nunca foi minha prioridade em campo quando eu jogava mais adiantado. Tinha que marcar, sim, mas não era a minha principal característica. É tudo uma questão de adaptação, de treinamento e tempo para que essa questão da marcação seja aperfeiçoada e os desarmes sejam, na sua maioria, sem faltas.