Olhar do Porco

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Mais seguro até do que em 2016, Verdão controla rivais e se firma

Palmeiras de Felipão corre até menos riscos do que o de Cuca, se aproxima da sequência invicta do seu último título brasileiro e provou autocontrole ao encerrar tabu no Morumbi

O Palmeiras sofreu somente uma finalização do gol do São Paulo em vitória no Morumbi (Marcello Fim/Ofotografico)
Escrito por

Há dois anos, quando conquistou seu último título brasileiro, também na 28ª rodada, o sanguíneo Palmeiras de Cuca mostrou sua força vencendo o Santa Cruz, penúltimo colocado, no Recife, em uma suada vitória por 3 a 2. Naquela época, o Verdão líder tinha os mesmos três pontos de vantagem do time atual. Mas os comandados de Luiz Felipe Scolari mostram um autocontrole melhor, como ficou evidente no 2 a 0 que impôs sobre o São Paulo.

A equipe de Felipão sofreu somente uma finalização em seu gol no jogo em que encerrou um tabu de 16 anos sem vencer seu arquirrival no Morumbi. E ela aconteceu apenas aos 41 minutos do segundo tempo, quando Rojas apareceu diante de Weverton e parou na defesa do goleiro. Já estava 2 a 0. E foi um raro momento de distração de um time com absoluto autocontrole.

Segundo os números do Footstats, o São Paulo finalizou em outras quatro oportunidades no jogo, sem acertar a meta. O Palmeiras, por sua vez, concluiu cinco vezes na direção do gol e outras três para fora. Mais do que isso: já no primeiro tempo, abriu 2 a 0, e manteve as rédeas do clássico, mesmo atuando fora de casa, tanto antes como depois de balançar as redes. Não sofreu sustos.

O Verdão chega aonde está sem ser uma equipe que chamou-se de "reativa", como foi o Corinthians de 2017 do técnico Fábio Carille. No Choque-Rei desse sábado, os comandados de Scolari tiveram 40% da posse de bola, mas nem precisaram "saber sofrer", como era um dos pontos mais elogiados do campeão brasileiro no ano passado.

Nem mesmo o Palmeiras adotou uma retranca. Aliás, pelo contrário. Moisés apareceu como segundo volante, o atacante e sempre esforçado na marcação Willian só entrou nos minutos finais e os volantes Thiago Santos e Jean nem saíram do banco. A postura fez o Verdão ocupar o campo adversário no primeiro tempo para impor seu ritmo no jogo e, no segundo tempo, até teve o rival em sua intermediária, mas quase sem condições de agredir.

O ponto forte do Palmeiras, neste momento, é seu autocontrole psicológico. Isso explica por que consegue chegar à casa dos adversários sabendo bem o que vem pela frente e sem temer nada, nem mesmo um longo tabu de 16 anos diante de um dos rivais históricos do clube. Por isso, também, o time já acumula 13 jogos consecutivos sem perder, a dois de igualar a sequência de 15 que o Verdão de Cuca estabeleceu no segundo turno do Brasileiro de 2016.

É completamente injusto fazer qualquer crítica ao sanguíneo time de Cuca que conquistou o Brasileiro com sobras, em um segundo turno quase perfeito. O próprio torcedor se acostumou a ver aquele time abrir vantagem e se manter sob algum risco de sofrer gol, mesmo que esse risco aparecesse, muitas vezes, unicamente pela tensão que o clube vivia por não ganhar o campeonato há 22 anos. Mas está claro que esse time de Felipão tem um controle psicológico que se transmite em controle dos adversários. E poupa mais o coração da torcida.